Atualmente, o chocolate amargo, seja em gotas ou em barra, é considerado uma das melhores opções para quem deseja ter uma alimentação mais saudável. Contudo, já foram encontrados contaminantes em chocolate amargo! Será que isso torna o doce preferido do público saudável um vilão?
É por isso que nós estamos aqui: para te explicar os benefícios do alimento, além de bater um papo sobre a contaminação em chocolate amargo e claro, como fazer para evitar que isso aconteça.
Continue lendo este artigo para saber mais!
Quais são os benefícios do chocolate amargo?
Em primeiro lugar, quase todo mundo sabe que o chocolate é um grande aliado para quem deseja melhorar o humor, não é mesmo?
Isso acontece porque esse alimento é capaz de aumentar os níveis de serotonina no corpo, o hormônio responsável pelo nosso bem estar.
Contudo, você sabia que os benefícios do chocolate, especialmente o amargo, não acabam por aí? Pois é, o que pouca gente sabe é que, além da felicidade, esse alimento também pode auxiliar na sua saúde. Veja só:
- Ação antioxidante: alguns componentes do chocolate possuem ação antioxidante, que auxiliam na proteção contra danos ao DNA e às células;
- Benefícios nutricionais: o chocolate possui minerais como magnésio, cálcio, ferro e zinco e vitaminas do complexo B, além das vitaminas E e C;
- Vantagens para os vasos sanguíneos: por causa dos flavonoides do cacau, o chocolate pode melhorar o funcionamento dos vasos sanguíneos;
- Melhora no colesterol: alguns estudos já indicam que o chocolate amargo aumenta em até 4% o colesterol bom, HDL.
Dito isso, não se esqueça de que todas essas qualidades do chocolate são proporcionadas mediante o consumo moderado, ok? Além disso, sempre se atente à qualidade do chocolate, observando a quantidade de cacau, gorduras e açúcares.
Como é feita a produção do chocolate amargo?
Para que todas essas vantagens possam parar na casa dos consumidores, a indústria passa por um longo processo até que o cacau se transforme no chocolate amargo que você conhece. Veja só:
Amassamento
Antes de mais nada, alguns ingredientes passam pelo misturador. São eles: a manteiga de cacau, a pasta de cacau e o açúcar.
Logo depois dessa mistura, o produto passa pelo amassamento, que é um processo que, novamente, mistura o cacau. Essa etapa proporciona um chocolate liso e também retira a acidez da massa.
Refino
O refino é uma parte do processo em que o resultado depende do tipo de chocolate que a indústria deseja obter. Basicamente, sua função é diminuir as partículas do chocolate, de forma que elas não possam ser sentidas na língua.
Maturação
Em seguida, o produto vai para a maturação, onde é mantido em uma temperatura de 50ºC por 24 horas. O objetivo da maturação é garantir que a manteiga de cacau esteja mesclada com o açúcar. Ao final do processo, o produto é refinado novamente.
Conchagem
Novamente, uma etapa de mistura, mas com um objetivo diferente: retirar qualquer sabor indesejável que o produto possa vir a ter, e aumentar ou desenvolver o sabor desejável. Para isso, o produto fica em agitadores que trabalham em temperaturas diferentes, de acordo com o resultado que a indústria deseja que o chocolate tenha.
Temperagem
Além da aparência brilhante e do odor agradável, o chocolate também deve dissolver na boca e ter uma textura fina ao final do processo de temperagem.
Moldagem
Em seguida, é preciso depositar o chocolate em moldes e resfriá-lo a 18ºC para que ele tenha o formato desejado.
Embalagem
Em seguida, o chocolate é embalado em embalagens que devem protegê-lo contra o vapor d’água e da luz, além de garantir que nenhum aroma do chocolate se perca.
Armazenagem
Por fim, o chocolate amargo é armazenado em locais secos, arejados, sem exposição ao sol e em baixa temperatura.
Ao final de todos esses processos, o chocolate já estará pronto para o transporte e comercialização. Legal, não é mesmo?
Saiba mais aqui: Chocolate: da produção do cacau à indústria
Contaminantes no chocolate amargo
Entretanto, se o chocolate amargo é tão bom assim, por que alguns estão tratando o alimento como um vilão?
A resposta é simples: alguns chocolates amargos foram encontrados com contaminantes. A boa notícia, é que, desde que os níveis destes contaminantes estejam em conformidade com a legislação, isso não é um problema!
O chocolate contaminado foi uma polêmica recente em algumas marcas famosas. Encontraram 28 barras de chocolate amargo contaminadas com altos níveis de chumbo e cádmio, metais capazes de gerar problemas nos rins e ossos, além de câncer e, em casos mais graves, até mesmo a morte.
Como a contaminação do chocolate amargo pode acontecer?
Em primeiro lugar, o chumbo e o cádmio, principais contaminadores do cacau, podem contaminar o produto por estarem presentes naturalmente no solo ou então por meio das atividades industriais e agrícolas.
Outra forma possível do chocolate amargo ser contaminado é no seu processamento.
Como evitar que o chocolate amargo seja contaminado?
Deve-se ficar atento a todos os materiais utilizados durante o processamento de um alimento e evitar contato com aqueles que possuem mais riscos de causar contaminações.
Boas práticas são inegociáveis na segurança do alimento.
Além disso, não se esqueça de garantir que o cacau é de boa procedência e de qualidade. O primeiro passo para evitar a contaminação de um chocolate é a partir da matéria prima.
De qualquer forma, todo cuidado é pouco. Por isso, atenção e cautela acima de tudo!
Saiba mais aqui: Confira 3 principais maneiras de evitar a contaminação na sua linha de produção
O que diz a legislação?
De acordo com a IN 160/2022, existem limites máximos de contaminantes que podem ser toleráveis em alimentos.
No documento (que você pode conferir aqui), chocolates com mais de 40% de cacau podem ter até 0,30 mg de cádmio, enquanto que o chumbo é tolerado até 0,40 mg nos mesmos chocolates.
E é por isso…
Que conferir os contaminantes na produção de chocolate amargo é tão importante! Um chocolate amargo contaminado é uma má notícia para o andamento da sua empresa, mas acima disso, para a saúde dos consumidores.
Assim, a melhor solução para evitar esse tipo de problema, além de uma boa verificação e higienização, é possuir um fornecedor confiável, investir nas boas práticas de fabricação e também seguir atentamente os limites estabelecidos pela legislação.