Contaminantes em alimentos: quais são e como evitar

Você já encontrou algum alimento contaminado? O problema dos contaminantes em alimentos é muito sério e precisa de muita atenção, afinal, é a saúde do consumidor que está em jogo aqui. 

Pensando nisso, nós do GEPEA fizemos este artigo para te ajudar a entender mais sobre os principais contaminantes de alimentos, além de te mostrar soluções para evitar que isso aconteça com a sua empresa, combinado? Boa leitura!

O que são contaminantes em alimentos?

Contaminantes em alimentos

De acordo com a Anvisa, contaminantes em alimento são “agentes biológicos, físicos ou químicos que são introduzidos no alimento de forma não intencional e que podem trazer danos à saúde da população.

Em outras palavras, eles podem ser poluentes, microrganismos, substâncias tóxicas, tecnologias e insumos em uma produção.

Esses contaminantes são ruins para a saúde, podendo trazer efeitos perigosos para quem consumiu o alimento contaminado. 

Contudo, o assunto é mais complexo do que parece. Existem diferentes tipos de contaminantes, diferentes formas de um alimento ser contaminado e até mesmo um limite máximo de contaminação que um produto pode ter

Categoria dos contaminantes

Como comentamos, existem vários tipos de contaminantes em alimentos.

Eles podem ser toxinas naturais, metais tóxicos,
microrganismos, entre outros, além de surgirem de diferentes formas.

Para identificá-los de forma mais simples, nós selecionamos aqui alguns tipos de contaminantes para você:

Toxinas naturais

Em primeiro lugar, as toxinas naturais são substâncias químicas potencialmente tóxicas.

Elas são produzidas naturalmente por organismos vivos de origem vegetal (por exemplo: glicosídeos cianogênicos em mandioca brava), animal (por exemplo: tetrodotoxina no peixe baiacu) e fúngica (por exemplo: aflatoxinas em amendoim e ocratoxinas em café). 

Provenientes do ambiente

Os contaminantes provenientes do ambiente são substâncias químicas potencialmente tóxicas, assim como as toxinas naturais.

A diferença é que eles estão presentes naturalmente no ambiente, ou então passam a fazer parte do ambiente por meio de fenômenos naturais ou atividade humana, como acontece com os metais tóxicos.

Provenientes da embalagem

As embalagens estão em contato direto com o alimento e, por isso, algumas substâncias tóxicas presentes nela podem migrar e contaminar o produto.

Um exemplo disso é a substância bisfenol-A, que está presente principalmente em embalagens plásticas e no verniz de embalagens metálicas.

Essa substância, principalmente quando aquecida, contamina o alimento e, como consequência, causa a exposição do consumidor à substância tóxica que tem potencial de acúmulo devido a sua longa permanência no organismo.

Além disso, a exposição à substância em médios e longos prazos causa riscos à saúde tais como desregulação do sistema endócrino, interferindo na ação de vários hormônios.

Formados no processamento do alimento

Por fim, os contaminantes formados no processamento do alimento são compostos químicos que estão nos alimentos como resultados de transformações químicas durante o seu processamento ou preparação.

Um exemplo desse tipo de contaminação é a acrilamida em alimentos torrados, grelhados ou fritos. 

Fatores de contaminação

Os fatores de contaminação são variados, mas podem ocorrer durante toda a cadeia produtiva de um alimento. De qualquer forma, a contaminação pode acontecer por causa:

  • De questões ambientais;
  • Da matéria-prima do alimento;
  • De possíveis tecnologias e insumos usados na produção

Venha entender um pouco mais sobre os fatores de contaminação:

Saiba mais em: Contaminação na linha de produção de alimentos

Questões ambientais

A contaminação de um alimento por questões ambientais se dá por causa dos poluentes no ar, solo e/ou água

É muito importante se atentar a ele para garantir que o produto está isento de qualquer tipo de contaminante por conta de poluentes no ambiente. 

Características da matéria-prima

Já a contaminação por característica da matéria-prima pode se dar por causa da presença de microrganismos ou até mesmo substâncias tóxicas em vegetais e animais

Por isso, checar a qualidade da matéria-prima de um produto é um passo essencial e que não deve ser pulado. Afinal, a matéria-prima é um dos fatores que vai ditar a qualidade do produto final!

Tecnologia e insumos usados na produção

Por fim, a contaminação por causa de possíveis tecnologias e insumos usados na produção significa que o alimento pode ter as suas substâncias alteradas para formas com potencial tóxicos ou pode haver transferência de compostos com este potencial por causa da embalagem (Anvisa). 

Como evitar ou reduzir os contaminantes?

De maneira geral, os contaminantes em alimentos podem ser evitados, antes de qualquer coisa, através da seleção cuidadosa da matéria-prima, visto que um alimento contaminado pode ser um risco para a sua produção, para a saúde dos consumidores e para a sua marca.

Por meio das boas práticas de fabricação e manipulação, você também poderá evitar que contaminações por tecnologias e insumos aconteçam. Além disso, para evitar contaminações microbiológicas, aplicar práticas de controle é essencial.

Outro detalhe muito importante para evitar ou reduzir contaminantes é ficar de olho na água, visto que ela é um veículo de contaminação. Assim, a sua qualidade não deve ser jamais negligenciada. 

Saiba mais em: Confira 3 principais maneiras de evitar a contaminação na sua linha de produção

Mudanças na legislação

A legislação define os limites máximos de contaminantes tolerados em alimentos. Podemos conferir isso nos documentos RDC 722/2022, que revogou a RDC 487/2021, e IN 160/2022, que revogou a IN 88/2021.

Além disso, a RDC 722/2022 também define os princípios gerais para os estabelecimentos e métodos de análise de avaliação de conformidade. 

Por fim…

Ninguém deseja que contaminantes de alimentos estejam presentes na produção, não é mesmo?

Por isso é importante conferir quais são os tipos de contaminantes que existem e como evitá-los.

Além disso, ficar de olho na legislação para entender qual é o limite máximo tolerado e, assim, cuidar da saúde dos consumidores e do nome da sua empresa, não é mesmo?

Nós do GEPEA esperamos que este post tenha te ajudado a entender melhor sobre o assunto! Não deixe de visitar outros artigos para se manter atualizado! 

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