Corante natural na indústria de alimentos

Uma das melhores coisas para fazer, sem dúvidas é comer e, como já diria o famoso ditado, nós comemos com os olhos!

A alimentação é fonte de nutrição e, também, prazer… desde aquela boa pizza ao famoso arroz e feijão de cada dia.

Mas você sabe como se dá a coloração dos alimentos? Conhece os corantes? Sabe diferenciar os corantes naturais dos artificiais?

Se ficou com dúvida sobre uma das perguntas acima ou quiser aprender, um pouco mais, sobre o que já sabe: continue aqui. Neste artigo, iremos conversar sobre um componente que está presente desde antes do Brasil ganhar esse nome: o corante.

Então, vem com a gente!

Classificação dos corantes

No Brasil, toda indústria de alimentos deve seguir as normas estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), inclusive dos corantes.

A partir disso, a ANVISA classifica os corantes como: orgânico natural; orgânico sintético; orgânico sintético idêntico ao natural; corante artificial; e inorgânico.

Neste artigo, o foco será o corante natural.

O que são corantes naturais?

Basicamente, corantes são aditivos de cor.

A partir disso, podemos definir como toda substância ou mistura de substâncias que dê, intensifique ou restaure a cor de um alimento, melhorando a sua aparência.

Agora, sobre o nascimento, podemos afirmar que o primeiro corante a surgir no mercado foram os corantes de origem natural (vegetal, animal ou mineral).

Em seguida, com o grande avanço científico, foi desenvolvido um método de sintetização dos corantes idênticos aos naturais através de derivados do petróleo e outras substâncias químicas. 

Agora, a maioria dos corantes naturais são feitos com vegetais, raízes, frutas, cascas de árvores, folhas, madeiras, insetos, fungos e liquens.

Os mais comuns na mesa dos brasileiros são:

  • Urucum;
  • Cúrcuma;
  • Clorofila;
  • Carmim de cochonilha; e
  • Vegetais.

Por que usar corantes naturais?

Cá entre nós, o que te faz comprar um alimento? Melhor ainda, o que te faz experimentar um novo alimento?

A partir dessas perguntas, podemos concordar que a cor é um fator determinante na aceitação de um produto, concorda? Isso porque há uma característica sensorial que induz uma sensação e, de certo modo,uma expectativa de sabor… então, se torna possível (re)lembrar características de amargor ou acidez.

Dessa forma, a cor é uma das qualidades importantes dos alimentos ao influenciar o consumidor a escolher um produto ao invés de outros.

Assim, o visual do alimento se torna primordial na escolha.

Afinal, você já se imaginou comprando uma bala de morango com a cor cinza? Normalmente, imaginamos que a cor seja, ao máximo, parecida com aquilo que diz ser.

Ou seja, investir em corantes na produção de alimentos é fundamental para um produto aceito no mercado. Inclusive, de conquistar alguns clientes fixos.

Porém, não é só a aparência dos alimentos que é importante, há ainda mais benefícios.

Muitos corantes naturais apresentam propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias que fazem bem para a saúde. Assim, podem prevenir e até mesmo auxiliar na cura de doenças.

Além disso, dependendo do corante natural, podem ser aplicados diretamente no alimento ou bebida.

Corantes naturais são melhores do que corantes artificiais?

Há uma dúvida que rodeia muitas pessoas: qual é o melhor entre corante natural e artificial?

Bom, como tudo na vida, cada um deles tem suas vantagens e desvantagens.

Dessa forma, te aconselhamos realizar um bom estudo para decidir qual o tipo de corante é o melhor naquele alimento e que possa atender às suas necessidades. Além disso, é preciso ser verificado os regulamentos relacionados à categoria de alimentos, pois alguns corantes artificiais não são permitidos nas produções.

Os corantes naturais, por exemplo, têm uma ampla variedade de tons. Desse modo, quando são misturados podem formar uma paleta enorme. Porém, o mesmo acontece com corantes artificiais (presentes em balas e chicletes).

Bom, a diferença é que os artificiais dão aquele toque de cores atrativas aos alimentos a um preço menor (se comparado ao natural).

Mas, apesar das vantagens, esses corantes sintetizados podem ser nocivos à saúde, resultando em aparecimento de alergias. 

Dessa forma, a legislação brasileira atual, através das Resoluções de n° 382 a 388, permite o uso de apenas onze corantes artificiais, sendo:

  • Amaranto;
  • Vermelho de Eritrosina;
  • Vermelho 40;
  • Ponceau 4R;
  • Amarelo Crepúsculo;
  • Amarelo Tartrazina;
  • Azul de Indigotina;
  • Azul Brilhante;
  • Azorrubina;
  • Verde Rápido;
  • Azul Patente V.

Como também, exige que seja informado no rótulo que o produto é “colorido artificialmente” e ter relacionado, na sua lista de ingredientes, o nome completo do corante ou seu número de INS (International Numbering System).

Principais corantes naturais

As principais fontes de obtenção de corantes naturais são as plantas, insetos, fungos e bactérias. Agora, vamos demonstrar alguns exemplos de corantes naturais.

Urucum (o mais importante)

Você sabia que ele já era usado pelos indígenas antes mesmo do nosso país ser “descoberto”? E foi chamado de “a verdadeira mina do Brasil” por Pero Vaz de Caminha em carta ao Rei de Portugal?

Bom, agora sabemos porque.

urucum é uma planta nativa que contém um pigmento carotenoide que é extraído da camada externa das sementes. De um vermelho vivo, ele é aplicado em produtos como salsichas, peixes, defumados, em produtos lácteos e em margarinas, bebidas, entre outros produtos.

Além disso, podemos encontrar a sua versão em pó nas gôndolas dos mercados com o nome de colorau ou colorífico.

Cúrcuma

A curcumina é o que dá cor e apresenta certas substâncias antioxidantes. Com isso, a sua coloração vai do amarelo brilhante ao laranja-avermelhado.

Esse corante é muito usado em molhos, mostardas, cereais e produtos de panificação, por exemplo.

Clorofila

De cor verde, o corante de clorofila pode ser extraído de plantas recém-colhidas. Porém, o método mais usual é a extração após a secagem.

Dessa forma, é comum encontrar esse pigmento em bebidas, biscoitos, cereais, balas e sorvetes, por exemplo.

Além disso, podemos utilizar para o branqueamento do leite na produção de queijos. 

Vegetais

Por fim, os concentrados de vegetais representam uma alternativa aos corantes artificiais e dão um aspecto mais natural ao alimento.

Desse modo, a indústria faz muito uso da beterraba, do tomate, do espinafre e da cenoura.

Esses pigmentos são habituais em alimentos como por exemplo, massas, biscoitos e lácteos.

Conclusão

Dessa forma, percebemos que os corantes são aditivos que fazem parte da história da alimentação.

Até porque, os alimentos com cores vivas parecem mais frescos, apetitosos e até saudáveis. Por isso, o uso de pigmentos é fundamental no setor alimentício.

Nosso país, com sua diversidade de climas e vasta extensão territorial, é um ótimo celeiro para a produção de corantes naturais. Seja por meio dos mais tradicionais, como os vegetais, dos nativos, como o urucum, ou da adaptada pitaia.

Desse modo, se você tiver vontade de investir na indústria de alimentos é importante estudar a aplicação dos corantes. Além disso, é entender o melhor corante para a produção de seu produto. 

Quer saber mais? Entre em contato conosco! Estamos sempre aqui para te atender.

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