Corantes naturais e artificiais: qual é a melhor opção?

Os corantes alimentícios naturais e artificiais ainda são polêmicos dentro da indústria de alimentos, não é mesmo? 

Afinal, os corantes naturais são vistos como as melhores opções no mercado, mas será que os corantes artificiais são mesmo tão vilões?

É sobre isso que vamos falar neste artigo, então não deixe de acompanhar o texto!

Corantes de alimentos: quais são as suas funções?

corantes alimentares

Entre as principais funções dos corantes alimentícios estão: criar, restaurar ou até mesmo intensificar as cores de um alimento.

Além disso, os corantes afetam diretamente na aceitabilidade de um produto, influenciando inclusive na preferência por algumas bebidas e alimentos.

Mas a pergunta continua: os corantes naturais são melhores do que os artificiais?

Corantes naturais

Os corantes naturais costumam ser a opção preferida para quem quer manter o bem-estar. Isso acontece porque muitos deles possuem ação antioxidante e anti-inflamatória.

Eles podem ser encontrados em animais, folhas, flores, frutas e até mesmo fungos. 

Saiba mais sobre os corantes naturais! Leia: Corantes naturais: mais cor na sua mesa

Principais corantes naturais utilizados pela indústria

Como você já deve saber, existem vários tipos de corantes naturais utilizados pela indústria. Contudo, alguns são mais populares. Veja só quais são:

Urucum

O famoso corante de cor avermelhada já era utilizado no Brasil há séculos pelos indígenas. Mas apesar do tempo ter passado, o urucum ainda é um corante bastante utilizado em alimentos aqui no nosso país. 

Extraído das sementes do urucuzeiro, esse corante é aplicado em alimentos como: salsicha, produtos defumados, peixes, margarinas, bebidas, produtos lácteos e até mesmo balas. 

Cúrcuma

A cúrcuma possui cores que vão do amarelo ao laranja-avermelhado. Uma das suas principais vantagens é a sua ação antioxidante e antimicrobiana, sendo uma verdadeira aliada para a saúde. 

As indústrias utilizam a cúrcuma em produtos como mostarda, condimentos, iogurtes e óleos.

Clorofila

A clorofila é um pigmento extraído das folhas das plantas e possui uma cor verde. Uma de suas vantagens é a ação anti-inflamatória, além das atividades antioxidantes.

Contudo, a clorofila é bastante sensível à luz, aquecimento e oxigênio. Dessa forma, pode ser alterada ou destruída com facilidade.

Betalaínas

As plantas são as únicas que contêm as betalaínas, que são pigmentos naturais que podem ser amarelados, avermelhados ou violetas. Além disso, elas possuem a aparência e até mesmo o comportamento parecido às antocianinas.

Antocianinas

As famosas antocianinas estão distribuídas em uma diversidade de plantas, flores e frutos. Assim, você pode encontrar esses pigmentos em vários alimentos, especialmente os de cores avermelhadas e arroxeadas, como uvas, morangos e açaí.

Além disso, elas possuem ação antioxidante e anti-inflamatória. A sua cor, por sua vez, varia de acordo com o pH.

Carmim de cochonilha

O único corante natural de origem animal da nossa lista é o carmim de cochonilha. Acredite se quiser, mas ele é extraído de um inseto que, como você já pode imaginar, se chama cochonilha.

A sua cor é avermelhada e é utilizado em alimentos como embutidos, balas e iogurtes. Veja só quais são as vantagens desse curioso corante:

  • Estabilidade ao calor e à luz;
  • Resistência à oxidação;
  • Pode ser aplicado em vários tipos de alimentos.

Corantes artificiais

corantes alimentares

Enfim, agora que você acabou de conhecer os principais corantes naturais, chegou a hora de entender um pouco mais sobre os polêmicos corantes artificiais.

Como você já pode imaginar, não é possível encontrá-los naturalmente. Por isso, há um esforço a mais para produzir a cor perfeita para cada produto. 

Contudo, você sabia que não é possível utilizar qualquer tipo de corante artificial? Pois é, a legislação brasileira permite o uso de 11 corantes artificiais na indústria de alimentos.

Quais são os 11 corantes artificiais liberados?

Os corantes artificiais que a indústria de alimentos pode usar são:

  • Amaranto;
  • Amarelo Crepúsculo;
  • Amarelo Tartrazina;
  • Vermelho de Eritrosina;
  • Vermelho 40;
  • Ponceau 4R;
  • Azul de Indigotina;
  • Azul Brilhante;
  • Azorrubina;
  • Azul Patente V;
  • Verde Rápido.

Qual é a melhor opção: corantes naturais ou artificiais?

Em primeiro lugar, essa é uma discussão polêmica, mas é muito importante analisar os prós e os contras de cada um deles antes de darmos uma resposta. 

Apesar dos benefícios à saúde oferecidos pelos corantes naturais, eles são bastante instáveis em certas condições de luz, oxigênio e temperatura. Ademais, possuem um custo mais alto.

A indústria ainda utiliza bastante o corante artificial porque ele supera as fraquezas dos corantes naturais. Ou seja: eles têm mais estabilidade durante o processamento e armazenamento. Além disso, costumam ter um custo de produção relativamente baixo.

De modo geral, tendo em vista a preferência dos consumidores por alimentos naturais e também levando em consideração os casos de alergia relacionados aos corantes artificiais, tem-se buscado cada vez mais a aplicação dos corantes naturais.

Contudo, ainda não é possível utilizá-los em todos os alimentos. Por isso, antes de escolher qual corante utilizar em seu produto, é importante estudar sobre os processos pelos quais seu alimento vai passar.

Saiba mais: Corante artificial na indústria de alimentos

Legislação sobre corantes alimentícios

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é bastante clara quando o assunto é determinar o que pode e o que não pode dentro da indústria de alimentos, e com corantes — especialmente os artificiais — isso não seria diferente. 

A ANVISA limita o número de corantes artificiais permitidos no Brasil, como você pode ver nas Resoluções nº 382 a 388 de 1999, e também exige que os produtos rotulados informem a presença de corante artificial. 

Faça o teste: investigue as prateleiras dos supermercados e veja os produtos que possuem a informação “COLORIDO ARTIFICIALMENTE”. Assim, você poderá saber qual é o tipo de corante que aquele alimento possui. 

Além disso, é muito importante que você informe qual o corante específico utilizado no produto. Isso pode ser feito pelo seu nome completo ou então pelo seu número de INS (Sistema Internacional de Numeração). 

Mas as coisas não acabam por aí! Conforme a RDC 727/2022, é obrigatório informar o corante tartrazina pelo seu nome completo.

Descubra qual é o corante ideal para o seu produto

E aí, as informações sobre corantes artificiais e naturais estão mais claras? Agora é a sua vez de decidir qual deles é o melhor para o seu produto!

Mas isso não precisa ser complicado: o GEPEA está aqui para te ajudar a lidar com o desenvolvimento do seu produto em todas as etapas. Para isso, você só precisa entrar em contato conosco! Estamos esperando por você.

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