Definir a melhor embalagem de alimentos para o seu produto pode determinar se aquele produto vai ser um sucesso, ou se ficará encalhado nas prateleiras.
Hoje vamos explicar como são escolhidas as embalagens para cada tipo de produto, assim você será capaz de determinar qual é o modelo certo para a sua marca.
Fique confortável e aproveite a leitura!
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Classificações das embalagens de alimentos
As embalagens de alimentos são classificadas conforme as suas diferentes características, as principais são:
- Finalidade;
- Características importantes para o manuseio;
- Facilidade de transporte;
- Relação com o produto (se estão em contato direto ou não).
Vejamos, então, quais são as classificações mais comuns para uma embalagem de alimentos.
Categorizadas em relação ao contato com os produtos
Primárias
São as embalagens que ficam em contato direto com o produto. Por exemplo: a embalagem que envolve os bombons.
Secundárias
Esta embalagem contém uma ou mais primárias. Normalmente as embalagens secundárias são indicadas para o transporte, mas isso não é uma regra.
As embalagens secundárias são usadas em combinações com diferentes tipos de outras embalagens. Por exemplo: a caixa de bombons.
Terciárias
As embalagens terciárias agrupam as embalagens primárias e secundárias. São as embalagens desenvolvidas para o transporte, logo estão sempre relacionadas com facilidade de estoque e manuseio.
Como exemplo, podemos citar as caixas de papelão onde estão armazenadas as caixas de bombons.
Embalagens categorizadas em relação à espessura
Rígidas
Oferece maior proteção aos produtos, são as embalagens para transportes que exigem grande ação mecânica. Por exemplo: caixas plásticas para transporte de frutas e peixes.
Semirrígidas
Normalmente são bandejas de alumínio ou poliestireno expandido e os modelos de caixas de cartolina. As semirrígidas apresentam uma proteção mediana para a movimentação dos produtos. Caixas de pizza estão nessa categoria, por exemplo.
Embalagens flexíveis
Moldadas no formato do produto a ser acondicionado, como as folhas de alumínio, os filmes plásticos e as folhas de papel. Embalagens de frutas dos supermercados e caixas de ovos estão entre as embalagens flexíveis.
Apesar de importantes, as formas e a espessura das embalagens têm importância relativa na escolha, pois a verdade é que a primeira decisão será selecionar o material utilizado na embalagem de alimentos.
Embalagens de alimentos em relação ao material
Agora vamos mostrar como funciona a classificação de acordo com o material, associando as características da embalagem às do produto e também aos elementos de segurança alimentar.
Há também, como você pode imaginar, as questões referentes à reutilização do material, seu desgaste com o tempo e a capacidade (ou não) de reciclar as embalagens.
Aproveite para depois conferir: “Embalagens: histórico e desenvolvimento das matérias primas”
Embalagens de vidro
Embalagem de alimentos feitas em vidro datam de muito tempo. Elas costumam fazer sucesso entre os clientes pois acrescentam valor estético ao produto. A embalagem de vidro também é mais durável e se destaca das embalagens plásticas, vistas como descartáveis.
O vidro é um material de resistência e durabilidade. As embalagens de alimentos mais comuns são garrafas e frascos. Essas embalagens inclusive são reutilizadas como elementos de artesanato e na decoração de diversos ambientes.
O fato de o vidro ser um material inerte o torna virtualmente ideal para armazenar todas as substâncias: água, alimentos ácidos, molho de tomate, conservas, etc.
Por serem impermeáveis as embalagens de vidro possuem alta capacidade de conservação. Vedada a embalagem ficará livre de odores e umidades presentes no ambiente.
Recomenda-se o uso de vidro escuro para armazenagem de líquidos sensíveis à luz, daí o fato das garrafas de azeites, cervejas e vinhos terem essa coloração. O vidro transparente costuma ser usado quando o interior do pote ajuda na venda do produto.
Há um ponto negativo, entretanto. Se não tratadas adequadamente as embalagens de vidro costumam ficar sensíveis e quebradiças. Elas também possuem um custo maior de compra e transporte, sobretudo quando comparadas com as outras opções.
Alumínio e aço
Leves e duráveis, embalagens de alimentos feitas com aço ou alumínio possuem alta praticidade no transporte e boa durabilidade nas prateleiras. Elas também são completamente recicláveis. Vejamos as diferenças entre as duas:
- Embalagens de alumínio: utilizadas para embalar bebidas como refrigerantes e cervejas. Oferece uma proteção adequada aos alimentos sensíveis e por esse motivo são indicadas para conservas.
- Embalagens de aço: tem maior proteção e isolamento quando comparado ao alumínio. Recomendado para conservas duradouras, como vegetais e sucos concentrados. As latas de aço também são perfeitas para empresas que necessitam transportar seus produtos por períodos maiores. A embalagem de aço tem resistência comparável ao vidro, ainda possui a vantagem de ser impenetrável pela luz.
Outro ponto importante está em apontar para o fato de que algumas embalagens são esterilizadas juntamente com os seus produtos – é o exemplo das latas de milho. Esse fator está presente, sobretudo, nas embalagens de alumínio e vidro.
Embalagem de alimentos feitas de material plástico
O plástico ganhou destaque como material preferido para embalagem de alimentos. Leve e versátil, é moldado com facilidade, podendo apresentar formatos característicos que reforçam a identidade da marca.
Os materiais plásticos também são usados em densidades maiores ou menores, modificando a resistência e a transparência deles. Esses elementos também podem ser associados às folhas de metal utilizadas na fabricação das embalagens do tipo lata.
Por todas essas características as embalagens plásticas substituem o vidro e o aço em praticamente qualquer situação.
Existe apenas uma desvantagem, elas apresentarem prazo de validade menor, graças às superfícies porosas que podem adquirir os odores e à umidade exterior, diminuindo elementos de conservação dos alimentos.
Embalagens de isopor
Estas estão longe das prateleiras, mas são amplamente utilizadas na indústria, sobretudo para armazenamento e transporte de alimentos frescos, como pescados, pois possuem grande capacidade de isolamento térmico.
O isopor é leve e prático, o que facilita bastante o transporte. A composição molecular também torna o isopor impermeável e resistente à ação de bactérias microrganismos.
Embalagens de isopor aparecem para o consumidor comum muito associadas aos sorvetes e alimentos de freezer, mas este material certamente tem um espaço enorme, por possuir vantagens únicas que não são reproduzíveis por qualquer outro tipo de embalagem.
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Embalagem de alimentos feita com Papelão e Tetra-Pak
As embalagens de papelão são simples e baratas, recomendadas para todos os alimentos secos. Muito comuns no transporte de ovos, biscoitos, farinhas. macarrão, grãos crus.
Os alimentos são do tipo que demandam pouca preservação física, uma vez que as embalagens de papelão são as mais sensíveis (perdem apenas para os plásticos ultrafinos).
A grande desvantagem das embalagens de papelão é que o material precisa ser mantido longe de umidade, caso contrário a caixa poderá adquirir mofo e até contaminar os alimentos internos.
Para sanar este problema as embalagens de papelão são normalmente secundárias, combinadas com uma embalagem primária feita de material plástico.
Já o Tetra-Pak é uma composição com diversas camadas de papelão, alumínio e plástico. Essa mistura garante resistência, durabilidade e proteção contra impurezas externas.
O Tetra-Pak resolve os problemas apresentados pelas embalagens de papelão, sem aumentar tanto os custos. São as embalagens dos leites longa vida, molhos de tomate, purês ou conservas.
Esses foram as principais características e os principais materiais utilizados para embalagem de alimentos. Agora você já tem todas as informações que precisa para escolher o tipo ideal para o seu produto.
Mas conta para nós o que achou sobre essas dicas para você escolher a melhor opção de embalagem de alimentos para o seu produto. Entre em contato conosco para conversar e trocar experiências.