Alimentos transgênicos: mitos e verdades sobre esses produtos

Os alimentos transgênicos são parte de um tópico muito discutido nos últimos anos. Você provavelmente já ouviu falar deles, não é? Mas você sabe realmente o que são e por que causam tanta polêmica?

Em muitos países, o consumo de alimentos transgênicos é legalizado, mas em outros, a permissão não é nada bem aceita.

Nessa linha de rejeição, podemos citar como exemplo o Japão, país no qual a comercialização dos alimentos geneticamente modificados é proibida.

O Brasil, por outro lado, é o segundo país que mais produz alimentos transgênicos atualmente, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e sendo seguido por Canadá e Argentina, de acordo com estudo recente.

Nos dias atuais, os principais tipos de cultivo de transgênicos são os da soja, do milho, do algodão e da canola. 

Como esses elementos são muito usados na indústria alimentícia, acabam sendo incorporados de forma que facilmente o consumidor acabe levando eles para casa.

Ainda que sejam uma realidade no mundo todo, eles ainda são muito polêmicos. 

Muito se fala deles por aí. Algumas pessoas falam bem, outras falam mal, mas a verdade é que a maioria não sabe realmente do que se trata.

Se você quer se informar melhor sobre esse assunto, venha conferir, neste artigo, tudo o que você precisa saber sobre esses alimentos.

Vamos mostrar para você o que é mito e verdade nessa história toda. Acompanhe!

O que são alimentos transgênicos?

Alimentos transgênicos é a forma como são chamados os alimentos geneticamente modificados (AGM), ou seja, que sofreram modificações em seu DNA através de experimentos laboratoriais.

Esses alimentos, que são produzidos em laboratório, surgem através de técnicas artificiais de engenharia genética

Assim, são alterados na medida em que recebem um gene de outra espécie.

O debate em torno dos alimentos transgênicos

Não é difícil encontrar vários debates sobre a questão dos alimentos transgênicos, pois há quem defenda e quem critique.

Mas quais são as raízes das controvérsias, afinal?

É muito discutida a questão da efetividade desses tipos de alimentos considerados ‘artificiais’, já que, na natureza, muitos deles não se reproduziram assim.

Muitas dúvidas circulam em torno dos nutrientes que eles contêm, bem como das questões éticas, econômicas, sociais e políticas que seu uso implica.

Por outro lado, a engenharia genética e a comercialização de alimentos transgênicos e geneticamente modificados são consideradas áreas bastante promissoras para o futuro, justamente pela perspectiva de inovação e aprimoramento desses alimentos.

Isso porque, ao manipular esses alimentos, é possível enriquecê-los com nutrientes que eles não teriam originalmente.

Para isso, são realizados testes de transgenia, que têm como objetivo desenvolver plantas e animais mais resistentes a doenças, pragas, agrotóxicos e mudanças climáticas, aumentando, assim, a produtividade.

Mas outro fator que implica preocupações é a questão da saúde e os efeitos que a ingestão a longo prazo desse tipo de alimento pode causar para os seres humanos.

Resumindo, focar o lucro em detrimento de questões como a saúde pública pode ser um problema muito grave futuramente.

O que diz a legislação?

Segundo a legislação atualmente em vigor aqui no Brasil, é obrigatório que as empresas disponibilizem, no rótulo de identificação, a informação de que os produtos em questão são transgênicos.

Saber o que está consumindo é um direito do consumidor.

O Decreto nº 4.680 de 2003 basicamente exige que as empresas insiram tais informações sempre que o alimento tenha mais de 1% de ingredientes transgênicos, mesmo que não seja possível detectá-lo por meio de testes laboratoriais.

Essa exigência também vale para produtos derivados de animais que foram alimentados com alimentos transgênicos, como ovos, carnes e afins.

O símbolo padronizado para esse tipo de identificação é representado por um T no interior de um triângulo amarelo e deve estar visível na embalagem dos alimentos.

Mito ou verdade?

O que todo mundo quer saber é se o que dizem sobre esses alimentos é realmente verdade ou apenas conversa sem fundamento.

Portanto, preparamos alguns tópicos para esclarecer esse assunto para você. 

Veja a seguir!

São alimentos mais baratos

Verdade. Os alimentos transgênicos realmente têm um custo mais baixo. 

Isso está relacionado ao fato de que exigem um menor custo de manejo e de controle das pragas, que acabam tornando seu plantio e cultivo mais em conta.

Afetam o meio ambiente

Verdade. O Greenpeace aponta que um organismo geneticamente modificado, quando liberado no meio ambiente, passa a não ser mais controlado, o que significa que acarretará mudanças ao crescer e se multiplicar, interagindo com a biodiversidade e todo um ciclo de seres vivos. 

É natural, por exemplo, que plantas mais resistentes acabem selecionando pragas, como insetos mais resistentes. Quando esses insetos cruzam com aqueles das chamadas culturas convencionais, há a possibilidade da geração de uma espécie ainda mais forte, que não será afetada pelos efeitos de herbicidas.

Causam alergia ou câncer

Mito. Não existem pesquisas que comprovadamente relacionem o consumo de alimentos transgênicos ao câncer. 

Eles não provocam o crescimento de tecidos ou qualquer outra característica que possa ser associada ao câncer.

No caso da alergia, é mais provável que a reação esteja associada a alguma proteína do alimento ou a algum elemento modificador, como corante ou conservante.

Ainda não foi comprovado nenhum tipo de dano à saúde que possa ser motivado pelos alimentos transgênicos.

Podem acabar com a biodiversidade natural

Verdade. O plantio em massa desse tipo de alimento pode sim levar a uma extinção de espécies nativas e ao enfraquecimento gradativo da biodiversidade natural, no entanto, isso demandaria muito tempo.

Podem acabar com a fome no mundo

Mito. Os alimentos transgênicos podem realmente aumentar a produção de alimentos, mas não é apenas esse fator o responsável pela questão da fome. 

A má distribuição dos recursos e a preocupante questão do desperdício no mundo também precisam receber mais atenção e um olhar mais cuidadoso, além de medidas que possam reverter esse quadro.

A produção dos alimentos geneticamente modificados, de forma isolada, não pode acabar com a fome no mundo.

Como pudemos ver, o uso dos alimentos transgênicos possui muitas vantagens, mas também apresenta suas desvantagens. Como são legalizados, fica a critério de cada consumidor observar as embalagens dos alimentos e decidir por fazer uso deles ou não, de acordo com seus princípios.

Gostou deste artigo? Quer saber mais sobre os alimentos transgênicos? Confira também nosso artigo sobre o impacto positivo deles na indústria alimentícia.

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