Você já parou para pensar no quanto a segurança alimentar é importante nas nossas vidas?
Faça um exercício simples: pense nos alimentos que você consumiu nos últimos três dias.
Você, com certeza, consumiu, em sua maioria, produtos industrializados ou, no mínimo, que foram comprados em algum estabelecimento.
Quando falamos dos alimentos que são comercializados, ou seja, aqueles que você compra e que não produziu na sua própria casa, estamos falando de todo um processo de segurança alimentar que é necessário para que esse tipo de produção (e distribuição) seja viável para a população e legalmente correto.
No post de hoje, você vai entender melhor o que é, afinal, a segurança alimentar.
Vamos mostrar também qual a importância dela para nossa rotina e por quais normas ela é regida.
Ficou curioso? Então continue lendo!
O que é segurança alimentar?
O que vem à sua mente quando se fala em segurança alimentar?
Diferentemente do que pode parecer em um primeiro momento, esse conceito é muito abrangente, não apenas com relação a questões nutricionais, mas também em aspectos da própria condição humana.
Segurança alimentar, diferentemente da segurança de alimentos (que se limita aos âmbitos industrial e comercial), é verdadeiramente uma questão de saúde pública.
Isso mesmo! Esse termo aborda projetos relacionados à qualidade nutricional e disponibilidade de alimentos para determinada população.
E ele foi mencionado pela primeira vez logo após o fim da Primeira Guerra Mundial.
Sabe por quê? Pois notou-se que um país poderia dominar outro ao ter controle sobre seu fornecimento de alimentos.
Esta era uma arma poderosa, principalmente se aplicada por uma potência sobre um país mais fraco no plano militar e, também, incapaz de produzir seus próprios alimentos.
Portanto, o termo segurança alimentar é uma expressão militar em sua origem.
Na época, ele se referia a uma questão de segurança nacional para todos os países, já que estava diretamente relacionado a uma exigência de formação de estoques muito bem pensados de alimentos e também reforçava a ideia em torno da necessidade de cada país ser autossuficiente.
Curioso, não?
Mas foi apenas em 1996 que esse termo se tornou oficialmente uma questão de bem-estar público, quando a Organização para Alimentação e Agricultura (FAO) realizou um evento chamado de Cúpula Mundial da Alimentação, uma conferência na qual foram aprovados uma declaração e um plano de ação com o princípio de combater a fome no mundo.
Os chefes de Estado e governo participantes se comprometeram a mudar o quadro de desnutrição que afetava milhões de homens, mulheres e crianças no mundo inteiro.
Essa questão ainda não está completamente resolvida, e uma parte dessas pessoas ainda vive nessa condição aqui no Brasil.
Na ocasião, o Brasil se posicionou de forma a tratar a segurança alimentar como um compromisso importante.
Esse compromisso significava garantir a todos condições de acesso a alimentos básicos de qualidade, em quantidade suficiente, permanentemente e sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais da condição humana.
Toda essa ideia é construída tendo como base práticas alimentares saudáveis, contribuindo, assim, para uma existência digna, em um contexto de desenvolvimento integral do ser humano.
Ou seja, esse é um compromisso com a população e, para que ele seja cumprido, é claro que existem normas importantes que você, que trabalha ou pretende trabalhar com alimentos, deve saber.
E é por isso que estamos aqui para ajudar você!
Importância da segurança alimentar
A segurança alimentar é importante para as grandes empresas sim!
Veja só alguns dos motivos pelos quais você deve se atentar para essa condição:
Evita a perda de alimentos
Você ficará mais atento ao prazo de validade dos alimentos, que sempre deve ser respeitado.
Além disso, é importante lembrar que cada alimento possui temperatura e umidade ideais para ser estocado.
Otimiza a produção
Utilizando o material correto, você poderá garantir a produtividade e ganho nos processos.
Existem empresas, por exemplo, que fornecem sensores para controle automático de temperatura e umidade de alimentos que auxiliam na sua conservação.
Investir nesse tipo de opção é uma ótima saída!
Um funcionário designado para essa atividade demoraria muito mais, por ser manual. E esse tempo pode ser usado para outra atividade.
Fideliza clientes
Tenha sempre em mente que a qualidade da sua matéria-prima influencia diretamente nas características do produto final.
Quando o consumidor tem as expectativas atendidas, há, logicamente, uma chance maior de que ele volte a consumir os seus produtos.
Além disso, ele pode, até mesmo, indicá-los para amigos e conhecidos, fidelizando um público de mercado e fortalecendo a sua marca.
Legaliza os processos e serviços
Ao cumprir as normas e legislações alimentares no seu comércio ou indústria, você estará se prevenindo e evitando custos relativos a multas e à perda de valor da sua marca.
Isso porque, quando esse tipo de situação se expõe, o público imediatamente associa seu produto a algo ruim.
E olha, restabelecer a confiança dos clientes na sua marca é algo que pode demorar muito mais do que fazer com que ela se consolide no mercado!
Normas de segurança alimentar
Para garantir a segurança alimentar na indústria, existem diversas normas que as empresas podem aplicar para produzirem de maneira segura.
Dessa forma, é importante dizer que uma produção alimentar segura envolve uma dinâmica entre todas as partes envolvidas.
As normas são feitas para promover um padrão que garante uma facilidade maior para cumprir as necessidades de segurança, mas claro que cada empresa vai adaptar tudo isso de uma forma que funcione melhor e com resultados mais satisfatórios.
Vamos ver, a seguir, as principais normas de segurança alimentar.
Anvisa
A Anvisa, ou Agência Nacional de Vigilância Sanitária, é o órgão brasileiro responsável pela regulamentação de setores da indústria, dentre eles, o setor alimentício.
Para que qualquer empresa possa atuar de forma legal no Brasil, é preciso que todas as suas ações e produtos estejam em conformidade com as normas da Anvisa.
Para isso, existe uma Biblioteca de Alimentos que lista as condições específicas para cada tipo de produção.
BRC
O padrão global da BRC (British Retail Consortium) para Segurança de Alimentos é uma norma reconhecida pela Iniciativa Global para Segurança de Alimentos (GFSI) e que foi publicada em 1998, estando hoje em sua sétima versão.
Voltada para a indústria de alimentos, ela estabelece características e requisitos de análise de perigos seguida pelo Codex Alimentarius, um programa conjunto da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
HACCP
O HACCP é uma sigla internacionalmente reconhecida para a expressão Hazard Analysis and Critical Control Point ou Análise de Perigos e Controle de Pontos Críticos.
Esse sistema tem, em sua base, uma metodologia de caráter preventivo, com o objetivo de evitar riscos na produção que podem causar danos aos consumidores.
Assim, atua através da busca pela eliminação ou redução de perigos, garantindo que alimentos não seguros nem mesmo cheguem até o consumidor.
Gostou de saber mais sobre segurança alimentar? Quer mais dicas para melhorar sua empresa? Então confira nosso texto sobre o que uma empresa de alimentos precisa para atingir o sucesso!