Mercado de Alimentos Vegano e Vegetariano: panorama geral

Seguindo nossa parceria com a Food Ventures, em agosto, vamos abordar o tema Mercado de alimentos vegano e vegetariano: panorama geral , e vamos conversar ao longo do mês sobre os impactos, mudanças e inovações no setor.

A parceria entre o GEPEA  e a Food Ventures visa criar um conteúdo rico, que traga a visão de negócios da Food Ventures em conjunto com a visão acadêmica da Empresa Júnior. 

Dessa forma, alguns assuntos já foram discutidos até agora: as Mudanças na indústria com Covid19, Papel da embalagem, e a Complexidade do FoodSystem. 

O texto dessa semana abrange questões relacionadas a uma visão geral do atual mercado, sua estrutura e ideais pregados. Aproveite a leitura!

Confira também nosso outro texto sobre o assunto: “Alimentação vegetariana: é o mercado do futuro?

O Vegetarianismo e Veganismo 

De acordo com a Sociedade Brasileira Vegetariana, o vegetarianismo é o regime alimentar que exclui todos os tipos de carnes. Enquanto que o veganismo caracteriza-se,  segundo definição da Vegan Society, como um modo de viver que busca excluir, na medida do possível e praticável, todas as formas de exploração e crueldade contra os animais. Seja na alimentação, no vestuário ou em outras esferas de consumo.

São diversas as razões que levam o indivíduo a mudar seus hábitos alimentares. Dentre elas, destacam-se as questões que envolvem ética, saúde, meio ambiente e sociedade. 

No ramo da ética, impedir a exploração de animais é a razão que mais se destaca: evitar produtos de origem animal acaba sendo uma das maneiras mais eficazes de defender os animais da crueldade e da exploração que ocorrem.

Na questão da saúde, estudos associam efeitos positivos na saúde com a maior utilização de produtos de origem vegetal e restrição de produtos oriundos do reino animal. 

Para o meio ambiente, segundo a ONU, o setor pecuário é o maior responsável pela erosão de solos e contaminação de mananciais aquíferos do mundo. A ONU também estimou que cerca de 14,5% das emissões de gases do efeito estufa oriundas de atividades humanas têm origem no setor pecuário. Portanto, a diminuição do consumo de carne pode ajudar nesta questão.

A demanda crescente no mercado 

Tendo em vista as mais diversas razões que levam o indivíduo a optar pelo regime alimentar vegano ou vegetariano, o mercado vem apresentando crescente demanda e, consequentemente, aumentado a sua oferta de serviços nos últimos tempos nesse setor .  

Acompanhou-se um elevado crescimento nas opções alimentares que atendem a esse público, tanto em cardápios de restaurante quanto prateleiras de mercado. O perfil do consumidor está mudando, e, assim, o setor alimentício se adapta para trazer inovações nessa área. 

De acordo com uma pesquisa do Ibope postada em 2018, 14% dos brasileiros se declaram vegetarianos. Em São Paulo, Curitiba, Recife e Rio de Janeiro e percentual chega à 16%. 

Esses números representam uma progressão de enormes 75% quando comparados com os números de 2012. Na época, apenas 8% das pessoas consideravam-se vegetarianas.

O crescimento do mercado brasileiro reflete tendências mundiais: no Reino Unido, houve crescimento de 360% no número de veganos no país na última década (2005-2015). Nos Estados Unidos, o número de veganos dobrou em 6 anos (2009-2015), de acordo com a Sociedade Vegetariana Brasileira. 

Não deixe de ler: “Como a indústria de alimentos tem se adaptado ao novo contexto?

O público flexitariano 

No contexto do crescimento desse mercado nos últimos tempos, vale destacar que cresceu também o mercado consumidor de produtos vegetarianos e veganos devido ao aumento do flexitarianismo. 

O público flexitariano é caracterizado, de acordo com a nutricionista Dawn Jackson Blatner, como aquele que adquiriu um estilo de vida que incentiva a diminuição do consumo de produtos de origem animal, com o aumento da ingestão de vegetais preparados de forma saudável. 

O principal objetivo do flexitarianismo é proporcionar benefícios para a saúde e o meio ambiente – termo foi originado a partir de uma combinação das palavras flexível e vegetariana.

Nesse sentido, a perspectiva do ponto de vista do mercado é promissora. Esse público é crescente e as demandas por produtos alternativos no mercado para atender às suas necessidades é cada vez maior. 

O impacto da pandemia no setor 

Percebe-se que a preocupação com a saúde corporal, com uma alimentação mais balanceada e com os impactos causados no mundo e no meio ambiente, tornou-se familiar na sociedade, principalmente nesta época de pandemia.

Por estar confinada em suas casas, a população viu esse contexto como uma oportunidade de prestar mais atenção a sua alimentação. Dessa forma, as vendas de produtos saudáveis, incluindo orgânicos, têm crescido. 

Não deixe de ler: “Como o mercado de alimentos e o consumidor estão se adaptando com a crise?

Dessa maneira, percebe-se que, além de significar uma mudança de estilo de vida para muitas pessoas, o flexitarianismo é  uma grande oportunidade para empreendedores. Esse estilo representa um crescimento para o movimento vegano, e claro, para o mercado de alimentos a base de plantas.

De acordo com a UBS investments, o crescimento de alternativas à proteína animal deverá aumentar para US$ 85 bilhões até 2030. O estudo mostra ainda que o segmento à base de plantas está preparado para o crescimento contínuo.

Especialistas prevêem, por exemplo, que o mercado global de carne vegana valerá US $ 6,5 bilhões até 2026.

Você sabe as tendências mundiais para o mercado vegano e vegetariano? Quais as inovações que surgiram nas últimas décadas? Semana que vem traremos mais conteúdo sobre o  Mercado de alimentos vegano e vegetariano para responder essas e muitas outras perguntas sobre o tema!

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