A produção de alimentos orgânicos não é destinada a um público restrito. Com o aumento de pessoas que se preocupam com uma alimentação saudável, o consumidor busca cada vez mais opções livres de conservantes e agrotóxicos.
Mas como atender a essa demanda e tornar possível uma produção de alimentos orgânicos em grande escala?
Mais do que uma tendência no Brasil, essa é uma perspectiva que tem se mostrado também muito vantajosa para os próprios produtores.
Neste post, você entenderá melhor como funciona a produção de alimentos orgânicos e como é possível aumentar sua escala sem perder a qualidade do produto final.
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O que são alimentos orgânicos?
Os alimentos orgânicos, atualmente, não se restringem às frutas e aos vegetais, como muitos pensam.
Já é possível encontrar diversos tipos de alimentos orgânicos em determinadas redes de supermercados, desde produtos para consumo diário, como arroz, feijão, ovos e frango, até alimentos mais específicos, como vinho, mel e até mesmo chocolate.
Os alimentos orgânicos são nada mais do que aqueles cultivados de maneira sustentável mediante a agricultura biológica ou orgânica.
Mas o que isso significa?
Esse sistema de produção não utiliza agrotóxicos, adubos químicos, aditivos sintéticos, antibióticos, hormônios nem técnicas de engenharia alimentar. Ou seja, são isentos de componentes químicos e artificiais.
Mais do que isso, é uma metodologia de produção que prioriza o meio ambiente, respeitando as leis da natureza, em que ambas as partes – seres humanos e meio ambiente – saem ganhando. Isso é o que chamamos de produção sustentável.
Estudos comprovam que uma boa alimentação, baseada em todo esse processo de consumo natural, apresenta diversas vantagens para a saúde humana.
É por esse motivo e mais tantos outros benefícios que muitas pessoas buscam essa alternativa.
Como funciona a produção de alimentos orgânicos?
Vamos compreender melhor como funciona esse tipo de produção a partir de alguns de seus principais aspectos.
Como já citado, uma das características básicas desse sistema está no cultivo dos alimentos, que deve respeitar aspectos ambientais, sociais, culturais e econômicos.
Além disso, o produto orgânico deve ser cultivado em um ambiente que considere a sustentabilidade social e que valorize a cultura das comunidades rurais.
A agricultura orgânica não utiliza componentes químicos em nenhuma fase da produção com o objetivo de evitar a contaminação dos alimentos por esses produtos.
Desde quando o processo orgânico começou a ser difundido no Brasil, novas tecnologias foram desenvolvidas e estudos realizados para possibilitar produções em grande escala e evitar pragas e doenças sem a utilização de agrotóxicos.
Esse processo evolutivo pode ter seu crescimento observado em diversas culturas, como café, cana-de-açúcar e morango, por exemplo.
Dessa forma, o sistema orgânico tem como prioridade o equilíbrio do ecossistema para resultar em plantas mais resistentes a pragas e doenças.
Para impedir a disseminação dessas doenças, outras culturas são utilizadas com a diversificação de espécies durante o cultivo ou alternadas com a produção, tudo de forma minuciosamente controlada.
Nas lavouras, são aplicados cordões de contorno com plantas diversas que ajudam a proteger a plantação de pragas e doenças, servem como quebra-vento e ainda protegem o solo contra erosão.
Esses produtores praticam o plantio direto, caracterizado pelo cultivo em cima do resíduo da cultura anterior, sem que o trator limpe o solo.
Além disso, outras técnicas, como a adubação verde, também contribuem para o enriquecimento do solo, fornecendo o equilíbrio necessário para a geração de alimentos saudáveis.
É possível realizar a produção de alimentos orgânicos em larga escala?
A produção de alimentos orgânicos em grande escala não apenas é possível como é uma tendência cada vez maior.
Isso porque, além de fazer com que a produção seja mais resistente e sustentável, esse método também traz mais lucro para os produtores, vantagem já comprovada por estudos da área.
Mas essa não é uma tarefa fácil. É comum termos em mente a imagem de que uma produção orgânica é algo pequeno, nada de máquinas grandes e tratores, mas sim um fazendeiro que faz tudo com suas próprias mãos.
Primeiramente, é preciso afastar essa ideia. Afinal, é impossível produzir em larga escala sem máquinas que façam o trabalho render.
A parte tecnológica da produção, nesse sentido, pode parecer um obstáculo, mas com o avanço cada vez maior desses instrumentos, eles podem ser utilizados a favor de uma produção de qualidade.
A palavra-chave nesse processo de produção de alimentos orgânicos em grande escala é o controle de qualidade, que deve ser muito rigoroso e preciso.
Isso significa estar sempre atento aos mínimos detalhes que garantam que tudo está indo como deveria e que, caso seja identificado algum problema, seja resolvido imediatamente.
Nesse ponto, a figura do profissional de engenharia de alimentos é de extrema importância.
O engenheiro de alimentos precisa ter muita responsabilidade e postura ética, compreendendo que a qualidade da manipulação de alimentos pode influenciar a saúde e a vida dos consumidores.
Ele precisa ter uma visão sustentável e de desenvolvimento, buscando soluções que agreguem valor e lucro à empresa, de forma simultânea.
Conhecendo em profundidade cada aspecto da produção orgânica e a forma como ela deve se desenvolver, esse profissional é o responsável por viabilizar a qualidade da produção de alimentos orgânicos em maior escala.
Além disso, é ele quem estará à frente da área de pesquisa e desenvolvimento, constantemente buscando aprimorar os processos e identificando as tecnologias que serão mais eficazes para o resultado final.
O controle feito pelo engenheiro de alimentos ajuda a viabilizar a manutenção da qualidade proposta para um modelo de grande produção orgânica da mesma forma como se espera das produções menores.
Dessa forma, podemos afirmar que a produção de alimentos orgânicos em grande escala ainda apresenta muitos desafios a serem vencidos, como a tecnologia e o preço elevado, mas tem altas expectativas e caminhos possíveis para se desenvolver, pois fortalece o crescimento do mercado interno.
Agora que você já sabe mais sobre produção de alimentos orgânicos, é preciso entender também que o processo de fabricação de alimentos como um todo é importante. Veja mais sobre isso conferindo nosso artigo sobre tema.
