Em 2021 continuamos a parceria entre Food Ventures Hub e GEPEA – Consultoria em Alimentos. Dessa forma, esperamos contribuir com o ecossistema de inovação em alimentos! O texto dessa semana trás uma visão geral do ramo dos alimentos funcionais, contemplado o tema do mês de fevereiro: Alimentação Funcional.
Iremos trazer ao longo do ano conteúdos que relacionam a visão de negócios da Food Ventures e a visão acadêmica do GEPEA. Todo mês teremos conteúdos abordando um tema do setor de alimentos, contando com 2 textos e um 1 webinar.
Aproveite a leitura!
Alimentos funcionais – o que são?
Se perguntarmos a médicos e nutricionistas como classificar os alimentos funcionais, uma resposta comum seria “são aqueles que oferecem os nutrientes necessários para nossa saúde, mas também trazem benefícios específicos e ajudam na redução do risco de doenças”.
Podemos citar como exemplos de alimentos funcionais as frutas, verduras, legumes e cereais integrais com seus constituintes, como fibras e antioxidantes (vitamina E, C, betacaroteno). Mas também podemos encontrar produtos industrializados com adição de ingredientes que modifiquem suas propriedades originais. Leite fermentado, biscoitos vitaminados, cereais matinais ricos em fibras, leites enriquecidos com minerais ou ácido graxo ômega 3 são alguns exemplos.
Alimentos funcionais x Personalização
Se os alimentos funcionais trazem benefícios específicos à saúde e ajudam na redução do risco de doenças, fica fácil entender porque a personalização tem sido uma tendência vitoriosa no setor alimentício.
Como cita a Tradal Brazil, “ (no mercado de alimentos) temos um consumidor que une seu estilo de vida e valores à escolha daquilo que vai ingerir”. E para além do estilo de vida e valores, a preocupação com a saúde e a modernização da medicina indicam um caminho de conhecimento sobre o que é melhor para nós e para nossa saúde.
De modo geral, observamos uma disposição da indústria em criar produtos voltados às necessidades específicas de cada geração. Por exemplo, a geração chamada de Baby Boomers está preocupada com o seu envelhecimento e como fazer para que ele aconteça da maneira mais saudável possível.
Já as Gerações Y (Millenials) e Z, que cresceram junto ao capitalismo desenfreado, aquecimento global e o mundo digital, são “consumidores exigentes, informados e com peso na tomada de decisões de compra”. Preocupados com sustentabilidade e experiências completas, exclusivas e autênticas.
Biohacking
Nesse caminho de (auto) conhecimento sobre o que é melhor para nós e nossa saúde, esbarramos com tecnologias e práticas que prometem fornecer toda a informação que precisamos. E o biohacking é uma delas.
Tendo literalmente o propósito de “hackear a própria biologia”, o biohacking foi considerado uma das principais tendências tecnológicas para o futuro em relatório de sites importantes como CB Insights e Gartner.
O termo biohacking pode ser dividido em quatro categorias. Dentre elas, nos interessam duas. A categoria de Nutrigenômica, que diz respeito às alterações no corpo feitas através de alimentos ou suplementação, associando o genoma humano e a nutrição individual. E a categoria Quantified Self, que diz respeito à coleta de dados sobre o próprio indivíduo para análise e aprimoramento pessoal.
Dessa maneira, as áreas de saúde e nutrição, e consequentemente de alimentos e bebidas, conseguem estudar quais dietas, exercícios, suplementação e produtos serão mais benéficos a cada pessoa com mais precisão.
Alimentos funcionais como estratégia de inovação
Vimos, portanto, que os alimentos funcionais não só são nutritivos e benéficos para a saúde. Eles também podem agitar o setor de alimentos e bebidas com suas características inovativas e tecnológicas.
Uma pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), realizada em 2018, aponta que oito em cada 10 brasileiros se esforçam para ter uma alimentação saudável, e 71% dos entrevistados apontam que preferem produtos mais saudáveis.
Os consumidores têm procurado por transparência, ingredientes mais saudáveis e clean label, e o que antes era um nicho de alimentos funcionais e naturais (ou fit), agora se torna popular e convencional.
Nesse sentido, cabe à indústria alimentícia procurar soluções para essas dores de mercado. Os produtos inovadores geralmente surgem com empresas pequenas e startups, pioneiras na utilização de ingredientes naturais e saudáveis. Com isso, as grandes empresas perceberam essa movimentação. Com isso, tentam diversificar seu portfólio inserindo novos produtos com ingredientes naturais, ou renovando com características funcionais produtos já existentes .
Você já conhcia esse termo? O que achou das inovações nesse mercado? No próximo texto dentro desse tema, conheceremos algumas empresas inovadoras nesse ramo e outras que já são antigas, mas que estão tentando uma nova abordagem. Fique ligado!
Além disso, não perca o nosso webinar no fim do mês, com convidados especiais discutindo a importâncias dos alimentos funcionais. Mais informações em breve!
E você, ficou interessado em saber mais sobre a alimentação funcional? Então, entre em conato conosco agora mesmo! Vamos adorar poder conversar com você mais sobre o tema.
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