Locavorismo: uma tendência sustentável

Hoje, começamos uma nova série de textos em parceria com a FoodVentures. Em outubro, vamos abordar o tema locavorismo, popularmente conhecido como o consumo local

Em uma sequência de textos semanais, traremos o que é, como foi influenciado pela pandemia do Covid-19 e sua presença nas cidades grandes. Para finalizar os conteúdos do mês, organizaremos um webinar com convidados especiais para conversarmos sobre o tema. Acompanhe a gente para saber mais informações sobre os próximos textos e nosso encontro no final do mês!

O texto dessa semana é introdutório e traz a definição, benefícios e questionamentos do consumo local.

Aproveite a leitura!

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O que é locavorismo?

O termo é proveniente da combinação da palavra “local” e do sufixo -voro, que significa “comer”. Consiste na preferência pela compra e consumo de alimentos produzidos próximos do local onde se está.

Essa tendência tem aumentado muito nos últimos anos graças às maiores preocupações dos consumidores acerca da origem e composição dos alimentos que ele consome. Além disso, o incentivo de produtores menores, nacionais e locais também são argumentos dos adeptos da tendência. 

Grandes chefs de cozinha têm adotado o locavorismo nas compras em seus restaurantes. Exemplos disso são o Alex Atala e Dan Barber, chefs brasileiro e estadunidense, respectivamente. Já no Canadá, alguns empreendedores delimitam uma raio de 160 a 400 quilômetros do local de venda para os distribuidores comprarem suas matérias-primas de locais próximos. 

Benefícios desse costume

Como citado anteriormente, o locavorismo estimula os pequenos negócios locais. Com a procura maior por pequenos negócios, a economia local se desenvolve mais e isso gera um aumento da visibilidade da cidade, oportunidades de bons negócios e maior oportunidade de emprego para a população do local. 

Além disso, os produtos vendidos por esses pequenos produtores são, geralmente, mais naturais e com menos adubos químicos. Essas características atraem muito os consumidores que seguem outra tendência que vem crescendo muito, a alimentação mais natural, fresca e próxima do orgânico. 

O hábito também tem um lado sustentável. Os gases emitidos na atmosfera com o transporte desse alimentos é reduzido graças à menor distância entre o consumidor e o local de compra.

Questionamentos: visão mais crítica

Apesar de apresentar benefícios, também existem alguns questionamentos sobre a viabilidade de tal costume. 

O primeiro questionamento é sobre a relevância da diminuição de emissão de gases gerada pelo menor distanciamento entre o consumidor e o local de compra. Um estudo americano mostra que esse transporte seria responsável por apenas 11% da pegada de carbono da produção alimentícia. 

Pesquisadores afirmam que uma forma mais efetiva de diminuir o impacto ambiental da produção de alimentos seria uma mudança de dieta. Dietas com menor consumo de carne, por exemplo, uma vez que a carne vermelha é a que tem a maior pegada de carbono. 

Ainda pensando na sustentabilidade do costume, também levanta-se questões sobre como a logística de grandes operações tendem a ser mais eficazes, o que envolve o gasto de gasolina por quilômetro. 

Outra preocupação é acerca da variedade alimentar dos adeptos. Considerando que sejam comprados e consumidos apenas produtos produzidos na região, isso pode diminuir o acesso a uma variedade de alimentos. Isso porque alguns alimentos precisam de condições específicas para serem cultivados ou então a distribuição desses alimentos não é tão grande. Essas restrições podem fazer com que a dieta das pessoas se torne menos nutritiva e diversificada.

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O que você acha desse costume? Vale a pena introduzir ele no seu dia-a-dia? Que alimentos são produzidos próximo a você?

Acompanhe os próximos conteúdos da parceria com a Food Ventures! Cada mês são produzidos conteúdos sobre temas relevantes para a indústria de alimentos!

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