Você está pensando em desenvolver um novo produto e ainda não sabe de ele se classifica em alimentos processados, minimamente processados ou ultraprocessados?
O que pode parecer apenas um detalhe é, na verdade, uma definição muito importante para que você possa planejar o seu produto (e até mesmo fazer um bom marketing!).
Por isso, produzimos um artigo para te ajudar a entender um pouco mais sobre essas definições e como elas te ajudarão no desenvolvimento do seu produto.
Vamos lá?
O que são alimentos processados
Alimentos processados são aqueles que passaram por modificações em sua composição original por meio de técnicas como moagem, fermentação, secagem, conservação, entre outras.
Os objetivos dessas alterações são, geralmente, prolongar a vida útil, melhorar o sabor, a textura ou a aparência dos alimentos.
Como você já deve ter notado, os alimentos processados são uma etapa intermediária entre os alimentos minimamente processados e os ultraprocessados, oferecendo uma variedade de opções ao consumidor.
Exemplos de alimentos processados
Existe uma variedade de alimentos processados no mercado. Dentre eles, podemos citar:
- Pães e produtos de panificação: incluem pães brancos, integrais, bolos, biscoitos e outros produtos assados.
- Queijos: tanto queijos frescos quanto queijos curados e processados.
- Produtos enlatados: como vegetais enlatados, sopas, molhos e frutas em conserva.
- Produtos lácteos processados: incluindo leite pasteurizado, iogurtes e queijos fundidos.
O que são alimentos minimamente processados
Enquanto isso, alimentos minimamente processados são aqueles que passaram por modificações mínimas desde sua forma natural até chegar ao consumidor.
Nesse processo, como o próprio termo indica, há um intervenção mínima, geralmente limitada a ações de limpeza, remoção de partes indesejadas e embalagem.
Uma dica para identificar alimentos minimamente processados é observar suas características! Esses alimentos mantêm boa parte de suas características originais, como sabor, textura e nutrientes, e não costumam conter aditivos ou ingredientes adicionados em grande quantidade.
Além disso, os alimentos minimamente processados também têm o benefício de proporcionarem praticidade. Afinal, muitos produtos chegam ao consumidor já cortados e descascados, economizando tempo em sua preparação.
Leia também: Conservantes: o que são e sua relação com a saúde
Exemplos de alimentos minimamente processados
Alguns tipos de alimentos minimamente processados, são:
- Frutas frescas.
- Vegetais crus.
- Grãos integrais.
- Carnes frescas.
- Ovos frescos.
O que são alimentos ultraprocessados
Por fim, alimentos ultraprocessados são produtos alimentícios que passam por múltiplas etapas de processamento industrial, muitas vezes resultando em uma perda significativa de seus componentes naturais, como vitaminas, minerais e fibras.
Mas olha só: é possível recuperar esses componentes adicionando vitaminas, sabia?
Geralmente, esses alimentos contêm aditivos, conservantes, corantes e aromatizantes para melhorar o sabor, textura e durabilidade.
Eles são formulados para serem convenientes, práticos e atrativos, geralmente embalados de forma individual e prontos para consumo imediato ou rápido preparo.
Dica: você pode acessar o Guia Alimentar da População Brasileira para identificar o que torna um alimento ultraprocessado a partir dos seus ingredientes.
Exemplos de alimentos ultraprocessados
Alguns dos alimentos ultraprocessados, são:
- Bebidas carbonatadas e energéticas
- Salgadinhos
- Biscoitos recheados
- Cereais matinais açucarados
- Pratos pré-preparados e fast-food
- Refeições congeladas prontas para aquecimento
- Sopas e molhos com vários aditivos
- Carnes processadas, como salsichas e nuggets
- Macarrão instantâneo
- Sobremesas industrializadas, como sorvetes com cobertura e bolos prontos
Como o processamento impacta em seu alimento?
O processamento de alimentos tem uma influência direta no impacto das suas vendas. Afinal, um produto minimamente processado e ultraprocessado são completamente diferentes.
Pensar no que você, enquanto desenvolvedor de alimentos, quer levar para as pessoas é uma reflexão importante para decidir o quanto você vai modificar o alimento in natura. E claro: para isso, você precisa pensar em qual público quer alcançar.
Afinal, os ultraprocessados são “vilões?”
Nenhum alimento deve ser rotulado como vilão, e o mesmo se aplica aos ultraprocessados.
Embora esses alimentos possam conter uma grande taxa de sódio ou gordura saturada, por exemplo, eles desempenham um papel importante em proporcionar prazer e conveniência aos consumidores.
A chave está em consumi-los com moderação e equilíbrio, incorporando-os em uma dieta variada e nutritiva.
Rotular os ultraprocessados como vilões pode criar uma relação negativa com a comida e contribuir para padrões alimentares restritivos.
Em vez disso, adotar uma abordagem flexível na alimentação é o ideal, onde todos os alimentos têm um lugar em uma rotina saudável e equilibrada.
Como escolher o processamento ideal
Escolher o processamento ideal para seus alimentos depende do seu produto em si, do seu público-alvo, suas preferências e seu orçamento.
Considere o perfil dos consumidores que deseja alcançar, pois diferentes grupos têm diferentes preferências, e cada preferência exige um processamento diferente.
Além disso, leve em conta questões como conveniência, custo e eficiência e qualidade na produção. Ao encontrar o equilíbrio certo entre esses fatores, você poderá desenvolver produtos que atendam às necessidades e expectativas do seu cliente.
Conclusão
Enfim, entender as diferenças entre alimentos minimamente processados, processados e ultraprocessados é essencial para o desenvolvimento de alimentos de sucesso.
Cada categoria tem suas características distintas, impactando o sabor, a textura e a qualidade nutricional dos produtos.
Ao considerar cuidadosamente o processamento adequado para seus alimentos, levando em conta o público-alvo e suas preferências, você pode criar produtos que atendam às demandas do mercado e proporcionem uma experiência positiva aos consumidores!