Como acompanhar as transformações do Food System?

Como vimos nos textos “A cadeia de produção e sua complexidade” e “Mudanças no Food System para a próxima década”, a cadeia de alimentos é muito importante para a compreensão geral de como se dá a produção de alimentos. Textos esses da série sobre Food System em parceria incrível entre a Food Ventures e o Gepea,

Como acompanhar a velocidade da evolução e das mudanças do food system? Tendo isso em vista, o texto dessa semana trará quais são as metodologias e formas pelas quais as empresas estão se adaptando.

Aproveite a leitura!

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A inovação aberta

O consumidor mudou e a concorrência também

Para superar os desafios de suprir a demanda crescente de consumo e aumento populacional, o sistema de produção de alimentos terá que evoluir mais rápido. A indústria deve trazer alimentos mais seguros e nutritivos, buscando inovações e também ajuda externa, o que podemos chamar de inovação aberta.

Do mesmo modo, está cada vez mais difícil administrar todos os fatores que envolvem a produção de alimentos. Da ideia inicial, distribuição, varejo, legislação a comunicação com o consumo super conectado, a cada dia o consumidor busca uma nova forma de consumir. E a velocidade de adaptação do mercado não é párea para competir.

Ao contrário da inovação aberta, o que vemos como prática comum no mercado é a limitação no desenvolvimento de novos produtos, processos, consumo e distribuição. Durante anos a construção de negócios era baseada no controle da informação e na possibilidade financeira de ter as “melhores cabeças”.

Ainda mais porque, durante muito tempo, as mídias de comunicação eram reduzidas a alguns jornais e poucos canais de televisão. Que despertavam o interesse no consumidor por um produto, enquanto mantinham os segredos industriais e os rios de dinheiro em publicidade bem guardados. O consumidor aceitava o que era criado pela indústria sem reclamar, mas hoje o cenário mudou.

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Inovação aberta na indústria de alimentos

A inovação aberta sempre foi vinculada ao setor de tecnologia da informação e comunicação. O Vale do Silício é um ótimo exemplo de como grandes executivos começaram a refletir sobre a atualização dos seus modelos de negócio. Além disso, o sucesso das startups fez com que muitos estudantes trocassem a carreira corporativa por uma chance no empreendedorismo

Ao mesmo tempo, a indústria de alimentos, que até então estava engessada, começou a criar formas de se comunicar com empresas mais novas (startups) e o mercado de inovação. Buscando trabalhar com o consumidor e com outras “mentes brilhantes” que não estavam ou não eram parte da empresa.

Um ótimo exemplo é a iniciativa de empresas como a BRF, multinacional brasileira do ramo alimentício : “Um convite para startups, empresas e universidade criarem soluções em parceria com a BRF”.

A corrida para acompanhar o consumidor

Novos hábitos de negócio

Como citado anteriormente, o acesso a informação do consumidor era mais reduzido antigamente. Hoje, com a mudança dos hábitos de consumo e a modernização das mídias (internet) vemos que as formas de conhecer novos produtos, novos conceitos e diferentes opiniões aumentaram significamente.

Da mesma forma, os hábitos de negócio também sofrem adaptações. Há 5 anos atrás não existiam programas de inovação aberta de empresas de alimentos no Brasil e, hoje, toda grande empresa do setor tem o seu. 

As empresas do setor de alimentos finalmente entenderam que aquele “segredo industrial” não é mais tão secreto assim, e que o consumidor agora tem outro pensamento e estilo de vida. Logo, se a indústria de alimentos quer solucionar o desafio de aumentar 70% da sua produção, ela  deve olhar para outros mercados que foram bem sucedidos nessa ressignificação

A tendência é que o número de novas empresas ou startups que produzam alimentos com maior apelo e contato com o consumidor cresça e ganhe mais espaço no mercado. Isso fica nítido quando olhamos para os números: no ano passado, o investimento em startups de inovação na cadeia de alimentos foi de US$1 bilhão.

Indústria conectada 

No último texto falamos da Geração Z e como ela se tornará maioria na pirâmide de consumo. Com o aumento do uso de internet na pandemia, as empresas criaram e testaram diversas formas de tornar o produto físico um interesse digital.

Um bom exemplo de colaboração durante a pandemia do Covid-19 é a união de marcas de cerveja com a indústria de panificação. Foi criado um pão a ser doado para pessoas em situação de vulnerabilidade (acesso a comida), com o uso de um subproduto do processo de fabricação de cervejas (sustentabilidade). 

Outra iniciativa de conexão do mercado vem através do exemplo da Duas Rodas, empresa multinacional brasileira fabricante de ingredientes para as indústrias de alimentos e de bebidas. A empresa criou uma plataforma para conversar diretamente com o consumidor e as startups, apoiando o desenvolvimento de idéias vindas desse contato. 

Desta forma, a Duas Rodas consegue levar insights e novos produtos para seus clientes (indústria) com uma perspectiva do consumidor, tornando a inovação mais aberta e assertiva. Além de promover mudanças na dinâmica e estruturação do food system

Participando da corrida

Todas essas iniciativas, e muitas outras que existem no mercado, tornam o potencial da indústria de alimentos ainda maior. Os desafios de hoje começam a ter mais oportunidade de solução quando a indústria adota os hábitos e modelos de negócios de aceleração rápida. Como os da indústria de tecnologia da informação.

A grande diferença sempre foi e sempre será que a produção de alimentos é física e não digital. E para aumentar a produção em 70% a comunicação digital com os consumidores, apenas, não irá resolver.

Desse modo, a inovação aberta pode trazer visões e oportunidades nunca antes imaginadas. Como outros mercados, em breve teremos mais adaptações e ações em empresas de pequeno e médio porte. 

O crescimento das startups e das soluções ágeis também deve reduzir a velocidade com que as soluções chegam ao mercado e as grandes indústrias devem suportar essa evolução através da inovação aberta.

Se o consumidor está mais conectado, a indústria estará ainda mais. A fonte de idéias e soluções ficará cada vez mais ampla e efetiva e assim teremos mais e mais produtos sustentáveis, aproveitamento de subprodutos, desenvolvimento de segurança alimentar e adaptações da legislação.

A cadeia de alimentos é diretamente influenciada pela sociedade e com as várias mudanças que vêm e continuarão ocorrendo, pode-se perceber que a indústria de alimentos terá vários desafios, inovações e novidades para essa nova década. 

Na próxima semana, teremos um webinar com duas profissionais para fechar esse tema. Não perca as divulgações a respeito em nossas redes sociais.

Acompanhe os próximos conteúdos dessa parceria incrível entre Gepea e Food Ventures! Cada mês são produzidos conteúdos sobre temas relevantes para a indústria de alimentos!

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Mas conta para nós o que achou sobre esse conteúdo e como você acha que essas mudanças vão influenciar a cadeia de alimentos. Entre em contato conosco para conversar e trocar experiências e saber mais sobre nossos serviços e como podemos o ajudar a inovar e se adaptar a essas mudanças.

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