Rótulo de alimentos: guia definitivo de como desenvolver o seu

Você sabe qual é a importância do rótulo de alimentos?

Para muitas pessoas, o rótulo é apenas um enfeite. Para outras, é somente uma forma de chamar a atenção do cliente e disponibilizar informações básicas que o farão decidir se quer ou não aquele produto.

Por outro lado, essa parcela da população já não pode ser considerada a “grande massa”. Isso porque os consumidores, em grande maioria, passaram a se preocupar com a composição dos alimentos que consomem.

Isso se deve à crescente conscientização das pessoas em optar por uma alimentação mais saudável e, consequentemente, à busca por produtos com ingredientes naturais e nutricionalmente mais qualificados.

Nesse aspecto, o rótulo de alimentos é a melhor e mais segura fonte de informações sobre o produto comercializado. Isso faz dele um elemento muito importante e com o qual é preciso ter muito cuidado na hora da formulação.

Neste post, você vai saber mais sobre a importância do rótulo de alimentos, como deve ser o desenvolvimento e a validação deste item, além das informações essenciais que ele deve ter para estar em conformidade com o que a legislação exige. 

Saiba mais a seguir!

Não deixe de ler depois também: “Entenda o processo de como fazer rótulos de produtos alimentícios”

A importância do rótulo de alimentos

O rótulo é a principal comunicação entre a empresa e o cliente na hora de realizar as compras no supermercado. 

Este item é que vai convencer seu público-alvo de que o alimento comercializado por você foi desenvolvido para estar na casa dele e contém tudo de que ele necessita.

Além de ser uma estratégia de marketing para atrair clientes através de táticas sensoriais, ele é obrigatório para todos os alimentos e bebidas que são produzidos, comercializados e embalados industrialmente.

O que isso quer dizer? 

Que todos os produtos que passam por esses processos longe dos clientes precisam ter suas características informadas da forma mais completa possível.

Essas informações estão sendo aprimoradas para serem cada vez mais claras e objetivas para o público, principalmente no caso das empresas que trabalham com ingredientes alergênicos em suas produções.

Seguindo as regras da legislação

Aqui no Brasil, a responsável por regulamentar e fiscalizar esse setor de informações das embalagens através de algumas resoluções é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa.

A RDC 359/2003 e a RDC 360/03 – Regulamento Técnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados tratam dos aspectos nutricionais dos produtos. Já a RDC n° 259/2002 dita sobre as rotulações em geral dessas embalagens, determinando as regras que as empresas devem seguir ao passar tais informações aos consumidores.

Dessa forma, o órgão estabelece os elementos obrigatórios que precisam constar para o consumidor no rótulo de alimentos. São eles:

  • Lista de ingredientes/valor nutricional – sempre organizada por ordem decrescente, ou seja, isso quer dizer que o primeiro ingrediente é o que predomina, está em maior quantidade na formulação do produto, e o último, consequentemente, é o que está em menor quantidade.
  • Nível de processamento – informa se o produto passou por muitas ou poucas etapas de processamento.
  • Identificação de origem – informações sobre o fabricante do produto e o local de fabricação.
  • Prazo de validade mostra até quando o produto será próprio para consumo (margem de segurança).
  • Conteúdo líquido – quantidade real de produto dentro da embalagem.
  • Lote – forma de controle da produção, caso haja algum problema com o produto.

Desenvolvendo seu rótulo de alimentos

Agora vamos pensar sobre os passos da construção de um rótulo para o seu produto.

Organizando a tabela nutricional

O valor nutricional precisa constar no rótulo de alimentos, pois é importante para os nutricionistas e para a população, que tem o direito de conhecer melhor o que está consumindo.

Siga as dicas abaixo e veja como é fácil disponibilizar essas informações corretamente.

Defina porções e medidas

Seguindo as orientações da RDC nº 359, da Anvisa, as medidas podem ser definidas em porção, medida caseira, fração, fatia e prato pronto ou semipronto.

Na medida caseira, as equivalências são apresentadas em gramas ou mililitros na tabela, com base em utensílios de medição encontrados na cozinha, como xícara, colher de sopa, colher de sobremesa, prato raso, prato fundo, e por aí vai.

Faça o cálculo dos valores nutricionais

Primeiramente, faça uma lista com todos os ingredientes que serão utilizados na composição do alimento. Em seguida, com a medida definida, basta fazer um cálculo com regra de três para definir o valor das porções em relação ao total.

Esse cálculo deve ser feito para cada ingrediente separadamente, informando quais os carboidratos, as proteínas e as gorduras presentes nele.

A TACO, elaborada pela Unicamp, e a TBCA, mantida pela USP, são as principais referências de tabelas de elementos em que se pode consultar essas informações referentes aos componentes do seu produto, por serem as mais completas e que mais facilitam esse trabalho.

Para produtos que contenham gordura trans e alguns outros componentes, é preciso ainda submeter esse componente a uma análise físico-química.

Esse processo tem como objetivo determinar, quantificar ou qualificar os componentes específicos do alimento para determinar a composição centesimal e fornecer informações sobre a composição química e/ou físico-química do produto.

Defina os Valores Diários (%VD)

Também devem constar na tabela nutricional o valor energético e o conteúdo de nutrientes, que devem estar também em % de Valores Diários (%VD). É padrão das tabelas apresentarem valores diários com base em uma dieta de 2.000 kcal, que é o considerado ideal para um adulto saudável. 

É relevante ressaltar que esse valor é apenas uma referência, uma vez que para cada indivíduo ele pode variar dependendo das demais características metabólicas.

Apresente as informações na forma padrão

Outro requisito para ter um rótulo de alimentos desenvolvido da forma correta é pensar na disposição das informações contidas nele.

Elas também devem ser padronizadas segundo as orientações que constam no Manual de Orientação às Indústrias de Alimentos, da Anvisa, relativas a questões de formatação, como fonte, idioma etc.

Invista em um bom design

Evidenciar os diferenciais do seu produto é algo fundamental para a embalagem.

Pensando em garantir que o cliente escolha seus produtos, é necessário disponibilizar informações suficientes que o convençam de que sua marca é a resposta para as necessidades e os desejos dele. 

Aproveite e utilize o rótulo para mostrar do que seu produto é capaz e quanta qualidade pode oferecer. 

O rótulo de alimentos precisa passar a essência do seu produto e fornecer a origem dos produtos, formas de utilizá-lo e, claro, a data de validade de forma visível.

As cores, fontes, disposição de imagens e texto precisam estar em harmonia para captar a atenção dentre outros produtos do supermercado, por isso pense no seu público-alvo e no que ele pode querer ver na prateleira.

Rótulos de alimentos que sejam mais criativos atraem mais olhares, e se estiver sendo utilizado para somar à qualidade do conteúdo, as chances de sucesso serão maiores.

Essas foram as dicas para elaboração do seu rótulo de alimentos. Gostou? Se você está no processo de elaboração da embalagem do seu produto, confira também os motivos pelos quais investir em embalagens sustentáveis.

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