Qual é o setor que mais mudou nos últimos anos? Quando se pensa nisso, poucos pensam nas tendências no mercado de alimentos.
Temos certeza de que, contrário disso, muitos dirão que foi o setor dos eletrônicos, com cada vez mais lançamentos aparecendo no mercado e recursos novos incríveis sendo desenvolvidos.
Bem, isso não deixa de ser verdade, mas há um setor que compete ombro-a-ombro com o setor da tecnologia. E pode-se dizer que esse setor está se transformando ainda mais que os lançamentos em smartphones.
Basta pensar, como você comprava alimentos 10 anos atrás? Quais eram as opções? O que você tinha disponível?
Agora pense na imagem do mercado da última vez que você esse lá? Incrível, não é mesmo?
O setor alimentício está crescendo muito e certamente traz muitas novidades em 2020. São tecnologias, ingredientes, técnicas de produção saudáveis – tanto para o consumo, quanto para o meio ambiente.
Especialistas, como o Whole Foods Market e Brasil Food Trends, mostram quais são as principais tendências no mercado de alimentos e como elas acabaram surgindo.
Hoje nós vamos apresentar quais são as que mais ganharam destaque já nos primeiros meses deste ano.
1. O crescimento da agricultura regenerativa
Essa tendência diz que todas as parcelas da cadeia produtiva estejam interessadas em técnicas e consumo que impactem o mínimo possível a natureza. Por exemplo: manejo de terra e de animais que ajudem a melhorar a saúde do solo.
O termo “agricultura regenerativa” é usado para descrever práticas agrícolas que restauram o solo degradado, diminuindo o impacto na biodiversidade. O que ajuda a criar benefícios ambientais no longo prazo, revertendo até os impactos negativos das mudanças climáticas.
Agricultores, produtores, acadêmicos, agências governamentais, varejistas e muito mais estão analisando de perto como usar as práticas de manejo da terra e dos animais para melhorar a saúde do solo e sequestrar o carbono.
Existem diversas marcas para conhecer e experimentar que se mostram grandes tendências no mercado de alimentos.
2. Novas carnes feitas à base de plantas entre as tendências no mercado de alimentos
Alimentos conhecidos plant based, ou à base de plantas, estão cada vez mais populares. Além das versões vegetarianas, surgem opções que usam frações de vegetais em sua composição.
É o caso do Blended Burger Project da James Beard Foundation – o hambúrguer “melhor para os clientes e para o planeta” contém 25% de cogumelos.
Os ingredientes à base de plantas em hambúrgueres e almôndegas levam importante vantagem sobre os “comuns”: o produto é econômico.
Por esse motivo, grandes marcas investem em receitas com vegetais. Eles também são alimentos com menos gorduras e colesterol que as versões comuns.
Há outra tendência que conquistou fãs: as opções de “carnes veganas”. Hambúrgueres produzidos com plantas, mas textura e sabor semelhantes à carne.
O Burger King lançou em setembro de 2019 o Rebel Whopper, o primeiro hambúrguer vegetal do Brasil. O Mcdonald’s, lançou um sanduíche vegetariano que está em fase de testes no Canadá. Já no Brasil a empresa conta com o McVeggie.
Dados recentes do Ibope indicam que o vegetarianismo tem ganhado adeptos. De acordo com estudo realizado em 2018, 14% dos brasileiros se declaram vegetarianos — aproximadamente 29,2 milhões de pessoas.
3. Farinhas diferenciadas
Para as tendências no mercado de alimentos, surgem as farinhas feitas com ingredientes não convencionais, por exemplo: farinhas de banana, couve-flor, mandioca.
Elas são usadas como substitutas nas dietas sem glúten. E trazem uma alternativa interessante às farinhas brancas.
A mandioca é considerada ótima substituta para cereais como: arroz; milho; trigo. Além disso, a farinha de mandioca é rica em fibras, sais minerais e vitaminas.
Diversas farinhas estão entrando no mercado, tornando o cozimento mais inclusivo e até experimental. Os consumidores procuram ingredientes usados em pratos tradicionais, como a farinha de mandioca.
Há ainda as versões de farinhas de frutas e vegetais mais interessantes nas despensas domésticas, produtos como farinha de couve-flor a granel para cozinhar.
Os bens de consumo embalados estão entrando nessa tendência, substituindo as farinhas alternativas tradicionais pela farinha de tiger nuts em batatas fritas e salgadinhos e doces saborosos feitos com misturas de farinha de sementes.
À medida que os consumidores buscam mais maneiras de aumentar a culinária, farinhas “super” que fornecem proteína e fibra se juntam à tendência. Que comecem as aventuras no preparo de alimentos!
Você pode encontrar muitas marcas por aí que oferecem esse tipo de opção, uma das principais tendências no mercado de alimentos.
Que tal aproveitar para saber mais sobre como obter sucesso no mercado de indústria de alimentos ainda hoje?
4. Alimentos orgânicos no dia a dia
Os alimentos orgânicos já são tendências há algum tempo, mas a perspectiva é que esse tipo de produto continue crescendo no cenário nacional.
Os orgânicos trazem benefícios à saúde, por isso estão entre as tendências no mercado de alimentos. Sendo assim, o consumo desse tipo de alimento vai crescer.
Carnes, frutas e verduras com menos agrotóxicos, resíduos e impactos ambientais ganharão cada vez mais popularidade.
É inegável que ainda exista um bloqueio quanto ao preço dessas opções – que em alguns casos pode representar até 100% de aumento – mas com o aumento das vendas é de se esperar que os valores baixem.
5. Alimentos vegetarianos já são tendências no mercado de alimentos
Alimentos à base de soja e TOFU deixarão de ser as únicas opções no mercado de proteínas vegetarianas. Serão produtos que incorporam feijão, cânhamo, abóbora e sementes como substitutos da soja.
As manteigas também ganham novos insumos, como as nozes, amendoins, grão de bicos, e sementes. A pasta de castanha de caju está virando umas das preferidas desse novo mercado.
Por mais que o tofu tenha sempre um lugar na mesa do café da manhã vegetariano ou vegano, em 2020 as marcas mais modernas estão desacelerando a soja, que tradicionalmente domina o espaço de proteínas à base de plantas.
À medida que o movimento à base de plantas ganha força com os consumidores “flexitarianos”, as marcas procuram evitar o maior número possível de alérgenos.
Por isso, procure por alimentos preparados à base de plantas (especialmente alternativas de carne) e condimentos tradicionalmente à base de soja que não têm soja!
Nos dias de hoje, não faltam marcas e opções de alimentos de origem vegetal para que qualquer pessoa interessada possa conhecer mais dessa tendência no mercado de alimentos.
6. Outros tipos de açúcar
Seguindo a tendência da farinha branca, o açúcar como o conhecemos (processado) também perde adeptos diariamente, abrindo espaço para outras formas de adoçar.
Seja para cozinhar, assar ou adoçar, a tendência traz reduções de xaropes. Os ingredientes incluem romãs, coco e tâmaras, por exemplo, que são fortes tendências no mercado de alimentos.
A lista conta também com xaropes de sorgo e batata doce, e o Swerve, com zero calorias, que combina eritritol com ingredientes de frutas e vegetais. O resultado é um adoçante disponível nas versões granular, de confeiteiro e marrom.
Nos mercados brasileiros já é possível encontrar com certa facilidade o melado de cana, uma opção excelente para substituir o mel de abelha e mesmo o açúcar branco.
7. Os exóticos alimentos da África Ocidental
A busca por ingredientes diferentes faz parte das novas tendências. Os sabores da África Ocidental entram em cena. Ingredientes tradicionais da região como:
- Amendoim;
- Gengibre;
- Cebolas;
- Malaguetas;
- Tomates;
- Erva-cidreira.
Alguns já são bem conhecidos nossos (como é o caso dos tomates), mas outros entrarão em receitas e terão maior participação na alimentação diária (caso claro da erva-cidreira que no Brasil é muito conhecida apenas nos chás).
De superalimentos indígenas a pratos ricos e terrosos, os sabores tradicionais da África Ocidental estão surgindo em todos os lugares em alimentos e bebidas.
O trio de tomates, cebolas e malaguetas formam a base de muitos pratos da África Ocidental, e amendoim, gengibre e erva-cidreira são adições comuns.
As 16 nações da África Ocidental compartilham alimentos semelhantes, mas cada uma tem suas próprias especialidades baseadas em influências sutis do Oriente Médio e Europa Ocidental.
As marcas estão buscando na África Ocidental seus alimentos, como moringa e tamarindo, e sorgo, fonio, teff e milheto de cereais menos conhecidos.
Experimentar… essa é a palavra que tem norteado as tendências no mercado de alimentos e trazido à tona todas as possibilidades que ganham cada dia mais força.
8. Bebidas sem álcool
As ditas alternativas não alcoólicas tendem a conquistar mais espaço nas prateleiras dos restaurantes e supermercados.
Os consumidores estão mais conscientes em relação ao consumo álcool e essas bebidas buscam reproduzir sabores que só estão presentes em destilados.
Aproveite para ver em seguida o nosso texto sobre controle de qualidade, você vai ter uma leitura completa a respeito do que é esse conceito e como aplicá-lo na área alimentícia
9. Snacks prontos para a geladeira
Tente se lembrar das opções de congelados existentes há cerca de 5 ou 6 anos… certamente a sua mente vai chegar até os hambúrgueres, os empanados (normalmente feitos de frango), e talvez linguiças e salsichas.
Existem aqueles que ainda vão colocar nessa relação as pizzas e lasanhas congeladas, mas a lista não vai muito longe. Só que esse cenário todo mudou.
A seção refrigerada está repleta de lanches saudáveis e frescos, preparados e repartidos, feitos com: ovos cozidos com coberturas salgadas, legumes em conserva, sopas para beber, mini-molhos e molhos de todos os tipos.
E todas essas opções são apresentadas em porções perfeitas, além de terem embalagens simples e convenientes.
Até as barras nutricionais passaram das prateleiras para o refrigerador, graças à adição de frutas e vegetais frescos.
Essas inovações de lanches significam que as listas de ingredientes estão diminuindo e há muito menos suposições sobre a escolha de um lanche rápido com o qual você pode se sentir melhor.
Não apenas isso, mas os snacks, do tipo finger food, ou seja, os nossos famosos “salgadinhos” também estão ganhando cada vez mais versões saudáveis ou diferentes. Feitos com batata doce, frutas secas e até mesmo berinjela.
As novas gerações realmente estão focadas em ampliar as experiências e as possibilidades, chega de 5 sabores de salgadinhos para todas as marcas, agora as pessoas querem salgadinhos feitos com frutas e legumes.
Agilidade sem abrir mão da saúde é uma característica marcante que está presente dentre a escolha das maiores tendências no mercado de alimentos.
Permita-se conhecer as tantas marcas e opções presentes hoje no mercado, elas podem ser de grande ajuda para quem tem uma rotina corrida e agitada.
10. Transformações nos aplicativos de delivery
O pedido de comida por delivery virou uma febre, principalmente com os lançamentos em aplicativos e recursos ainda mais incríveis que já estão surgindo e sendo implementados.
Por exemplo os pedidos por comando de voz e uso de data delivery, o que representa uma das mais fortes tendências no mercado de alimentos da atualidade.
São pedidos feitos com comando de voz aos auxiliares domésticos (aparelhos de automação, do tipo Alexa da Amazon). Na prática você apenas solicita “Alexa, peça uma pizza” e ela, com base nos seus pedidos anteriores, faça a ligação e irá resolver a questão para você.
Isso, porque novas tecnologias permitem maior exatidão e assertividade nos pedidos. Essa novidade estará presente tanto nos totens, onde os clientes farão pedido, assim como nos sistemas de atendimento ao delivery.
Nesse último conceito, o cliente poderá falar seu pedido para um sistema automatizado que transmite em tempo real ao restaurante.
Como grande parte das entregas são feitas de maneira terceirizada, a análise e coleta de dados entra no jogo efetuando de maneira mais ágil as operações de entrega.
Uma vantagem competitiva que passa por todo o processo: começa com as relações com as frotas, viabilizando agilidade nas entregas, assim como outros ramos do negócio, incluindo atendimento ao cliente, marketing e branding.
11. Proteínas a base de insetos
Para quem está se perguntando, insetos são excelentes fontes de proteína existentes na natureza. Por mais que esse último tópico tenha lá seus segredos, mas a verdade é que as proteínas baseadas em insetos estão crescendo cada vez mais no mercado.
Graças à sua natureza, os insetos convertem seus alimentos em proteínas em um curto espaço de tempo, o que traz um número interessante de 35% a 60% de proteína na composição do inseto.
Nos grilos, esse valor chega a ser ainda maior, com uma proporção de 77% de proteína em sua composição.
Além disso, os insetos são virtualmente livres de carboidratos, possuem teores baixíssimos de gordura e colesterol. E, para finalizar, são ricos em vitaminas, minerais e oligoelementos. Então não estranhe encontrar essa matéria-prima um pouco exótica nos alimentos, a partir de agora.
Palavras finais
Perceba que muitas transformações estão concentradas sobretudo na ampliação das experiências, da experimentação. São estratégias que querer trazer novos sabores aos pratos.
Essas são as principais tendências no mercado de alimentos para este ano de 2020. E se você deseja saber como trazer isso para o cenário da sua empresa, entre em contato conosco. Teremos o maior prazer em te ajudar.