Como vimos no texto “Bebidas: inovação, potencial e tendências”, as bebidas participam significativamente dos nossos hábitos e cultura. Dando continuidade ao tema do mês da parceria entre GEPEA e FoodVentures, hoje falaremos mais sobre como é e o que esperar do mercado de bebidas no Brasil.
Aproveite a leitura!
Não deixe de conferir, depois, como o GEPEA desenvolveu as bebidas em formato de shots funcionais da Xuá.
Contextualização do mercado de bebidas
Para introduzirmos o assunto, vale ressaltar como mercado de bebidas tem se comportado nos últimos anos e como a pandemia influência nesse meio.
As principais bebidas para esse mercado no Brasil são os refrigerantes, cervejas e suco de laranja. Somente os dois primeiros, juntos, representam aproximadamente 80% do volume de bebidas produzido e quase 75% das vendas do ramo segundo IBGE-PIA de 2017. Já sobre o suco de laranja, segundo a BBC News Brasil, o Brasil é o maior exportador do produto mundialmente.
Além da cerveja, bebida alcoólica fermentada, as bebidas destiladas somaram, aproximadamente, 640,1 milhares de litros consumidos em 2018 no Brasil. Esse consumo elevado explica, em partes, porque o consumo interno é a maior foco dessa indústria.
Tendo isso em vista, vale ressaltar o aumento na carga tributária nesse tipo de bebida e as mudanças no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 2015. Essas mudanças refletiram negativamente nas vendas de bebidas daquele ano, segundo o jornal Valor Econômico.
Já com a chegada da pandemia, seguida da quarentena, o setor de bebidas sofreu mais um impacto, principalmente no consumo de refrigerantes e bebidas alcoólicas. O motivo desse impacto é forte relação entre as festividades, aglomerações e o consumo dessas bebidas.
Os consumidores normalmente consomem esses produtos em festas, bares e restaurantes. Com a impossibilidade de abertura desses ambientes pela quarentena e o distanciamento social impossibilitando as festas, o consumo desses produtos caiu consideravelmente.
Para finalizar, não podemos deixar de falar das mudanças nos hábitos e demandas dos consumidores. Questões como a saudabilidade e sustentabilidade dos produtos estão cada vez mais sendo considerados como diferenciais na hora da compra.
Para entender melhor sobre essas mudanças, leia também: “Tendências no mercado de alimentos para 2020”
Iniciativas em bebidas
Com todas essas questões levantadas sobre como está o setor de bebidas no Brasil, podemos observar iniciativas inovadoras e interessantes.
Sobre o impacto causado pela quarentena do setor, pode-se notar o crescimento de deliveries de bebidas, como o Zé Delivery. Iniciativa da Ambev, o Zé Delivery é um site ou aplicativo de entrega de bebida lançado no final de 2016. Com a missão de “garantir que nunca faltará cerveja gelada naquela festa”, o serviço entrega bebidas e alguns produtos de churrascaria como delivery.
Além disso, o serviço incluiu uma opção sustentável de diminuição dos preços para trocas de garrafas retornáveis, contemplando outra forte tendência atual, a preocupação com sustentabilidade. A utilização de garrafas retornáveis, entretanto, não é recente. A Coca-Cola diz usar esse tipo de garrafa a quase 130 anos.
Ainda pensando na sustentabilidade e adicionando a saudabilidade, pontos muito valorizados pelos consumidores atualmente, podemos encontrar iniciativas muito interessantes. Um exemplo disso é a EdenCoco, marca que produz água de coco de uma forma inovadora, natural e sustentável. O produto tem uma embalagem sustentável e com abertura facilitada e o conteúdo é 100% natural.
Fonte: https://www.edencoco.com.br/produto/
Mercado cervejeiro inovador
Outro exemplo de produto inovador brasileiro é a Golden Ale sem álcool, cerveja sem álcool da Dádiva, cervejaria paulista. Seguindo uma tendência internacional, a cervejaria lançou o produto visando atender os mais diversos públicos e se adaptar às mudanças na mentalidade do consumidor.
Fonte: https://catalisi.com.br/dadiva-investe-no-mercado-sem-alcool-com-lancamento-de-golden-ale/
Além desses apelos, outra fator muito levado em consideração na hora da compra é a praticidade. Para exemplificar uma iniciativa brasileira dessa tendência, podemos citar uma cervejaria paulista, a Pratinha em Ribeirão Preto, que lançou a “cerveja em pó”.
Trata-se de concentrados de cerveja em sachês. Para o preparo, basta adicionar água com gás gelada e misturar. Infelizmente a cervejaria produziu poucas levas das três cervejas em pó, que foram vendidas muito rapidamente. Mas mesmo assim, a cervejaria disse que planejava produzir as cervejas em pó em forma de cápsulas no futuro, para que possam ser feitas equipamentos domésticos ou até mesmo máquinas de refrigerantes.
Como pudemos ver ao longo do texto, o mercado de bebidas ainda tem muito a ser explorado. Por isso, ainda veremos muitas inovações e investimentos nessa área.
E você? Quais desses produtos gostaria de experimentar? Que novidades acha que o setor de bebidas pode trazer?
Durante o mês de novembro, em parceria com a Food Ventures, estamos trazendo conteúdos relevantes sobre o mercado de bebidas para ampliarmos nossa visão acerca mercado de alimentos.
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