Empresas de Alimentos: o que preciso saber para criar uma?

O setor de alimentação mantém crescimento contínuo. Nesse cenário, o empresário deverá encontrar a fatia de mercado onde vai investir. São diversas opções para empresas de alimentos:

  • Alimentação saudável;
  • Fast food;
  • Delivery.

São apenas alguns exemplos das inúmeras opções que podem surgir da ideia de investimento na indústria alimentícia, mais especificamente no segmento de empresa.

Hoje nós vamos mostrar como cada um destes modelos funciona e mostrar quais são os caminhos para saber o que é preciso para entrar no mercado das empresas de alimentos.

Empresas de alimentos: o cenário atual

Empresas de alimentos conquistaram os segmentos físicos e online. Apesar das crises enfrentadas pelo Brasil, elas não pararam de crescer.

Para se ter uma ideia, segundo os relatórios anuais feitos pela Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), as empresas de alimentos finalizaram os últimos anos com aumentos médios próximos à 9,3%.

Por enquanto, o relatório de 2020 não foi concluído. Entretanto, o setor de alimentação (muito amparado pelo delivery) foi um dos únicos setores que não sofreu drasticamente com os impactos da pandemia.

Há ainda mais argumentos favoráveis para investir em empresas de alimentos:

  • O setor de alimentação cresce desde 2010, o que prova tratar-se de um segmento forte e com tendência de expansão no país;
  • O setor de alimentação vive momentos de rejuvenescimento, com novos lançamentos quase anuais.

Fórmula do sucesso para empresas de alimentos

O empresário precisa ter visão e se preparar para a jornada empresarial. Ações estratégicas devem ser consideradas em qualquer negócio, inclusive nas empresas de alimentos. Entre elas destacamos:

Para os interessados em fazer parte do ramo alimentício precisa ter essas três palavras em foco na hora de estruturar seu plano estratégico.

E agora que já contextualizamos o cenário, mostraremos as principais estratégias para o sucesso empresas de alimentação, como funciona uma boa gestão e o como fazer marketing com foco em resultados.

Principais tipos de empresas de alimentos

Atualmente, existem muitas estratégias para escolher um segmento no ramo da alimentação. Escolhemos aquelas que são muito utilizadas para que você seja capaz de avaliar qual o melhor caminho a seguir. Veja!

Suplementos alimentares

Cresceu a preocupação do público ter uma vida saudável e para isso a alimentação tem um papel fundamental.

Os consumidores desse tipo de empresa são: quem deseja emagrecer com saúde, repor vitaminas por recomendações médicas ou adquirir massa muscular com exercícios físicos.

Todos esses processos necessitam de suplementação alimentar. Então, esse é um ótimo segmento, a dica é: montar cardápios especiais de alimentos e incluir a suplementação na medida certa por refeição.

Confira depois: “Comida fitness: entenda um dos setores que mais cresce.

Lanchonetes e fast-food

As lanchonetes e restaurantes fast-food são ótimas opções de investimento. São do tipo de comida de fácil preparo e gosto muito agradável, o que acaba atraindo diversos clientes.

Contudo, o sucesso depende de um diferencial. Combos promocionais e entregas na hora do almoço são boas alternativas. Você também pode criar combinações de sabores diferentes ou dar nomes inusitados aos pratos do cardápio, criando identificação com seu público.

Produção artesanal e comida caseira

A culinária artesanal ganha força nos pratos exclusivos. Então, você deve oferecer cardápios com opções caseiras, do tipo que não são encontradas nas grandes redes.

Doces, bolos, pudins, feijoadas, macarronadas e diversos outros pratos podem receber esse toque especial. Os investimentos na produção artesanal ganham pelo apelo emocional, despertam lembranças da infância e o saudosismo.

Venda de marmitas

As marmitas fazem sucesso entre as pessoas que não querem, não têm tempo, ou não sabem cozinhar. Sua força surge justamente aí, nos casos de pressa ou emergência.

E muitos desses caso são associadas com a comodidade de ter uma alimentação de qualidade por um preço acessível, o que tem se tornado uma forte tendência no mercado.

As empresas estão entre os principais clientes para esse tipo de comida. Funcionários sem tempo para o almoço e que gostam de evitar os restaurantes, pois preferem almoçar no próprio escritório.

Então, você precisa do serviço de entrega rápido e fiel. Além disso, também convém oferecer cardápio com variedade moderada. Como os pedidos possuem caráter emergencial, o foco deve estar em atendimento rápido.

O cardápio variado em excesso pode dificultar a escolha e deixar o cliente nervoso, além de tudo cria uma barreira para acelerar a produção.

Produtos naturais

Como disse, as preocupações com saúde e bem-estar estão em alta. Nesse caso, quem busca fugir dos fast-foods para se livrar do excesso de gorduras e sódio durante a semana acaba optando por produtos naturais.

Aposte em saladas, verduras cozidas no vapor, arroz e macarrão integral, filés de frango grelhados e etc.

Você pode oferecer cardápio com pratos light e sobremesas diet, com isso você irá atender também o público que deseja equilibrar a alimentação e levar uma vida saudável. Também é interessante investir em combos com pratos para toda a família.

Restaurantes

Os restaurantes são muito procurados por quem trabalha nas proximidades. Claro que agora nós estamos falando em um cenário ideal, pré-pandemia. Mas acreditamos que o setor terá uma retomada sólida e gradativa conforme a contenção da pandemia acontece.

O perfil de clientes muda durante os finais de semana, surgem os turistas e moradores da região. Então, foque em cardápios diferenciados para os dois públicos. Opções acessíveis e comuns para as semanas e versões requintadas para os sábados e domingos.

Empresas de alimentos: como gerenciar?

Conhecer gestão empresarial é determinante para obter sucesso com uma empresa de alimentos. Vejamos as principais dicas para gerenciamento.

Limpeza e higienização

Empresas de alimentos são responsáveis por manipular e servir alimentos prontos, necessitará de ambiente controlado, limpo e organizado. Ela precisa que todos os colaboradores (cozinheiros, garçons e atendentes) respeitem as regras básicas de higiene.

Todas essas ações têm o objetivo de diminuir os riscos de contaminação ou prejudicar a aparência dos pratos apresentados aos clientes. Veja algumas dicas práticas básicas e relevantes:

  • Uniformes apropriados e limpos;
  • Unhas curtas, limpas e sem esmaltes;
  • Evitar brincos e maquiagem;
  • Touca de cabelo.

A norma ABNT NBR 15635:2008 trata do assunto e informa as boas práticas recomendadas de higiene, limpeza e controles operacionais essenciais.

Controle de estoque

O estoque das empresas de alimentação é diferente de empresas de outros segmentos. Os alimentos possuem prazos de validade curtos e demandam acondicionamentos especiais.

Comidas geladas, por exemplo, necessitam de equipamentos com a temperatura certa para o armazenamento e o descongelamento deve ser planejado e realizado por etapas.

Então, para evitar o desperdício é fundamental que a sua empresa tenha um controle detalhado de estoque, com todas as informações de cada alimento.

Logística

A logística é importante para ter sucesso em uma empresa de alimentação. Sobretudo quando falamos do público que prefere o serviço delivery. Sua empresa precisará oferecer esse serviço de forma eficiente e bem planejada.

Para ter retorno, seu serviço de entrega precisa de cuidado profissional. Respeitando os prazos de entrega, permitindo o pagamento com cartões no local, entregando a comida quentinha e em tempo.

Exigências legais para começar com empresas de alimentos

Para começar o seu empreendimento, sua primeira documentação é o alvará de funcionamento. Esse documento é solicitado junto às prefeituras, lembrando que a ausência desse item importante pode levar até ao fechamento da empresa, além de multas exorbitantes.

Cada prefeitura tem um procedimento próprio para a emissão do alvará de funcionamento e, então somos incapazes de elaborar um passo a passo aqui no artigo. Contudo, temos o compromisso de ajudar você e te indicar quem melhor pode te ajudar na aquisição desse documento.

Certifique-se de que tem todos os documentos necessários para solicitar, outra opção também é contratar um advogado especializado no assunto.

Autorização dos bombeiros

Além do alvará de funcionamento, você também deve obter uma autorização do Corpo de Bombeiros do seu Estado.

Esse documento lida especialmente com casos de acidentes no estabelecimento. Ele verifica se todos os equipamentos da sua empresa estão prontos para operação.

O alvará dos bombeiros confere se os EPIs utilizados pelos profissionais estão corretos e dentro dos prazos de validade.

Vale lembrar que se você trabalha em um endereço e resolve alugar outro espaço, deverá solicitar um novo alvará. Isso também vale ao adquirir novas máquinas ou mudar o layout físico do estabelecimento.

Como adquirir a autorização?

Será preciso recolher uma taxa e apresentar a cópia autenticada do ato constitutivo e do CNPJ da empresa, juntamente com os documentos de identidade do representante legal.

Depois, o Corpo de Bombeiros fornecerá um Laudo de Exigências, esse documento determina o que deve ser feito na sua empresa.

Após verificar todos os pontos do laudo, você terá de solicitar a inspeção que dá origem ao Certificado de Aprovação.

Vale lembrar que muitos estabelecimentos estão isentos de vistoria, mas as indústrias não estão nessa lista. Portanto, preste atenção nas instruções do Corpo de Bombeiros para garantir que apenas uma vistoria seja necessária no processo de aprovação do documento.

Detalhes sobre a Lei Nº 986/1969

Essa lei determina que todas as empresas responsáveis pelo preparo, acondicionamento, transporte e venda de alimentos precisam ser licenciadas pela Anvisa. O que significa providenciar o alvará sanitário.

Resolução RDC Nº 267/ANVISA — Gelados Comestíveis

Há uma exceção que se aplica às sorveterias em particular: a RDC 267, publicada em setembro de 2003.

Essa norma considera que gelados comestíveis devem ser preparados com cuidados especiais para o controle sanitário. Ela aponta regulamentos técnicos sobre as condições do estabelecimento que os produz.

Ou seja, para resumir: todas as empresas de alimentos devem possuir todas as documentações citadas acima, mas as sorveterias, gelaterias e similares também precisam lidar com a resolução RDC 267 da ANVISA.

Dicas de boas práticas

A resolução RDC 267 da ANVISA estabelece boas práticas para que uma empresa opere. Ela fala sobre matérias-primas, embalagens, ingredientes e utensílios que devem ser selecionados de maneira a garantir a qualidade sanitária do produto final.

Lembrando que todos os controles necessários para certificar tais questões devem ser documentados pela própria empresa.

Essas indicações incluem:

  • Local limpo, isolado e protegido destinado à recepção dos itens — esses precisam ser inspecionados assim que recebidos;
  • Em seguida, os materiais passam pelo processo de identificação e são armazenados em local separado;
  • A proteção contra a contaminação também é fundamental para que a empresa seja aprovada nas inspeções da Vigilância Sanitária. Então, todas as matérias-primas e os ingredientes devem respeitar o prazo de validade;
  • A água utilizada na fabricação precisa ter sua potabilidade garantida por laudos laboratoriais periódicos;
  • O lugar em que o líquido fica armazenado deve ser acessível e adequado para que ele se integre à produção, quer seja oriundo do sistema público de abastecimento ou de uma fonte de captação própria.

Por fim, também recomenda-se higienizar o repositório dos alimentos e documentar a troca de filtros. Finalmente, todos os produtos à base de leite ou ovos têm de ser pasteurizados e armazenados em embalagens limpas e íntegras, sem reutilização.

Saiba mais: Boas Práticas de Fabricação: o que são e por que aplicá-las.

Pontos finais importantes

As leis são abrangentes, pois explicam de que forma o preparo de um alimento deve ocorrer e como proceder em seu armazenamento.

Também há as indicações para realizar o resfriamento, a maturação, o batimento, o congelamento. Enfim, todos os alimentos possuem a sua versão na legislação e o seu detalhamento de como o processo deve ser feito.

E isso pode deixar qualquer empreendedor de cabelos em pé. Afinal de contas, também é preciso se preocupar com captação de clientes, marketing, parcerias, desenvolvimento de produtos, busca por fornecedores, etc.

Outras regras são impostas quanto ao local de produção e à sua manutenção por funcionários capacitados, além de indicações sobre a rotulação dos produtos. Há uma norma para tudo.

Esse é um conhecimento que deve ser estudado por quem decide empreender no setor de empresas de alimentos.

Qualquer descumprimento acarreta problemas nas inspeções, que podem ser de baixo, médio e alto custo. Há inclusive casos em que o estabelecimento pode ser fechado até que corrija os pontos que não estavam de acordo com a legislação.

Então, como dicas finais podemos garantir que o empreendedor precisa estar atento, pois operar contra uma dessas regras pode significar problemas para você.

Informe-se sobre as normas relevantes para o seu tipo de empresa e siga elas à risca.

E nesse cenário tão complexo, uma consultoria de alimentos pode fazer toda a diferença. Oferecendo para você diversas soluções em muitas outras áreas da sua produção.

Assim você terá tempo e energias para se concentrar nas partes que realmente importam do seu negócio.

Quer saber mais sobre empresas de alimentos e tudo sobre como empreender com elas? Entre em contato conosco agora mesmo, adoraríamos conversar com você e trocar experiências.

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